Trump dá novo cargo ao genro na Casa Branca
27 de março de 2017O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai dar a seu genro, Jared Kushner, o comando de um escritório de inovação dentro da Casa Branca, responsável por otimizar a ação governamental com ideias vindas do mundo dos negócios. Isso inclui, segundo noticiou o Washington Post, a possível privatização de algumas funções do governo.
A equipe que apoiará Kushner será constituída de ex-diretores do setor privado, encarregados de oferecer novas ideias ao governo. "O governo deve ser conduzido como uma grande empresa americana. Esperamos alcançar melhorias para os nossos clientes, que são os cidadãos", declarou o genro de Trump ao jornal.
O Escritório de Inovação da Casa Branca deverá eliminar burocracias e ajudar a cumprir promessas de campanha, como a reforma do atendimento aos veteranos de guerra, o combate ao vício em opiáceos e melhorar a infraestrutura de dados do governo, segundo o Washington Post.
"Eu prometi ao povo americano que iria mostrar resultados e aplicar ao governo a minha mentalidade de estar 'à frente do cronograma e aquém do orçamento'", afirmou Trump, em declaração ao jornal. O principal assessor de Trump, Steve Bannon, não fará parte da nova equipe.
Kushner, de 36 anos, é um alto conselheiro do presidente e marido de sua filha Ivanka, que há uma semana ganhou seu próprio escritório na Casa Branca, com acesso a informações confidenciais e um telefone governamental. Auxiliares disseram que ela vai colaborar com o escritório de Kushner, mas sem ter um cargo oficial. Inicialmente havia sido descartado que Ivanka fosse ganhar uma função na Casa Branca.
Investigação sobre a Rússia
Também nesta segunda-feira, o jornal The New York Times noticiou que o Comitê de Inteligência do Senado pretende ouvir Kushner no âmbito da investigação sobre as relações entre pessoas ligadas a Trump e a Rússia. Kushner, que trabalhou na campanha do sogro, será a pessoa mais próxima a ele a ser questionada sobre o papel desempenhado pela Rússia na eleição presidencial de 2016.
O comitê pretende ouvi-lo sobre dois encontros. Um deles foi com o embaixador russo, Serguei Kislyak, e ocorreu em dezembro, no edifício Trump Tower. O outro foi com o chefe do banco de desenvolvimento da Rússia, o Vnesheconombank, afirmou o New York Times. O banco foi alvo de sanções do governo do ex-presidente Barack Obama em 2014, depois da anexação da Crimeia pela Rússia.
AS/rtr/afp