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Trump libera construção de polêmico oleoduto

24 de março de 2017

Relançamento do projeto Keystone XL, contestado por ambientalistas e rejeitado por Obama, foi promessa de campanha. Ecologistas alertam sobre riscos para saúde e segurança.

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Estação de bombeamento da TransCanada
Estação de bombeamento da TransCanada na cidade de Steele, Nebraska, no qual o oleoduto Keystone XL deverá se conectarFoto: picture-alliance/AP Photo/N. Harnik

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou nesta sexta-feira (24/03) a construção do polêmico oleoduto Keystone XL pela empresa canadense TransCanada. O projeto é contestado por ambientalistas e havia sido rejeitado por seu antecessor, Barack Obama.

A decisão, anunciada pelo porta-voz do Departamento de Estado, Mark Tone, autoriza a companhia canadense a "construir, operar e manter" instalações de gasodutos na fronteira entre EUA e Canadá.

O relançamento do projeto Keystone XL havia sido umas das promessas de Trump durante a campanha eleitoral americana. Com uma extensão de 1.900 quilômetros, o oleoduto deverá transportar cerca de 830 mil barris diários de petróleo sintético e de xisto diluído – da província canadense de Alberta a diferentes lugares dos EUA, inclusive refinarias do Texas no Golfo do México.

Contudo, ecologistas argumentam, que, por se tratar de um componente prejudicial e corrosivo, o betume presente nas areais onde o petróleo é produzido pode facilitar rupturas ou vazamentos e acarretar riscos para a saúde e segurança. 

Em 2015, após uma longa revisão sobre seu impacto ambiental, Obama chegou a proibir a construção do oleoduto. O relatório foi concluído com a recomendação do então secretário de Estado, John Kerry, de rejeitar o projeto, apontado como capaz de "minar" o papel dos EUA na liderança global contra ad mudanças climáticas.

Dias após chegar ao poder, no entanto, Trump assinou dois decretos para impulsionar os oleodutos Keystone XL e Dakota Access, outro polêmico projeto, cumprindo duas promessas de campanha.

A medida assinada por Trump prometia que o Departamento de Estado tomaria uma decisão sobre se recomendaria ou não o oleoduto Keystone em um prazo de 60 dias após receber o pedido da TransCanada, que o apresentou em 26 de janeiro.

Em comunicado, o presidente da TransCanada, Russ Girling, afirmou que a autorização de Trump representa "um marco importante" para a construção do oleoduto.

"Estamos muito agradecidos ao governo do presidente Trump por revisar e aprovar esta importante iniciativa. Desejamos trabalhar com ele para continuar investindo no fortalecimento da estrutura energética da América do Norte", disse Girling.

IP/efe/lusa