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Queiroga testa positivo para covid-19 e fica em Nova York

22 de setembro de 2021

Ministro cumprirá isolamento obrigatório de 14 dias na cidade americana e não retorna com o presidente Bolsonaro ao Brasil. É o segundo caso de coronavírus na comitiva brasileira.

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Marcelo Queiroga
Queiroga declarou que está cumprindo os protocolos de segurança sanitáriaFoto: Marcelo Camargo/Agencia Brazil/picture alliance

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testou positivo para covid-19 durante a viagem a Nova York, na comitiva do presidente Jair Bolsonaro, e ficará em isolamento na cidade, comunicou nesta quarta-feira (21/09) a Presidência da República, que acrescentou que Queiroga passa bem.

A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) afirmou ainda que os demais integrantes da comitiva realizaram o exame e testaram negativo. Queiroga recebeu o resultado nesta terça-feira.

Queiroga é o segundo membro da comitiva de Bolsonaro, que se deslocou a Nova York para participar da 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a testar positivo durante a viagem.

O ministro recorreu às redes sociais para confirmar que está como o novo coronavírus e que ficará de quarentena nos Estados Unidos, sem embarcar de volta ao Brasil com o restante da comitiva. Ele disse que está cumprindo os protocolos de segurança sanitária, o que significa que deverá ficar 14 dias em isolamento.

Queiroga esteve presente nesta terça-feira à Assembleia-Geral da ONU, mas disse que esteve sempre de máscara. Contudo, o ministro da Saúde, que já recebeu as duas doses do imunizante contra a covid-19, fez refeições nas ruas nova-iorquinas em companhia de Bolsonaro e de outros ministros. Ele deu ainda diversas entrevistas na parte externa do hotel onde estava hospedado, além de ter circulado pelas dependências da ONU e pelo Memorial do 11 de Setembro, onde esteve com Bolsonaro, que, por sua vez, não usou máscara.

Jair Bolsonaro e ministros comem pizza em rua de Nova York
Sem passaporte de imunização, Bolsonaro optou por comer pizza na ruaFoto: Instagram/@GILSONMACHADONETO/REUTERS

Na noite de segunda-feira, o ministro da Saúde causou polêmica ao mostrar o dedo médio para brasileiros que protestavam contra Bolsonaro, a quem chamaram de "genocida" e "assassino".

Defesa do "tratamento precoce"

A presença de Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU chegou a ser posta em dúvida. O brasileiro é o único mandatário presente ao evento que não se vacinou.

Contudo, mesmo não vacinado, o chefe de Estado brasileiro viajou para Nova York no domingo, onde foi fotografado comendo pizza na rua, pois, sem passaporte de imunização, não tem como entrar nos restaurantes da cidade.

No seu discurso na ONU, Bolsonaro aproveitou para defender o chamado "tratamento precoce", um conjunto de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a covid-19.

O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia de covid-19, com quase 600 mil mortes mais de 21 milhões de infecções registradas.

as (Lusa, OTS)