O alvo do ataque terrorista na Nova Zelândia eram pessoas orando num local de adoração. Em templos, as pessoas se sentem seguras, seguem seus pensamentos inocentemente, são vulneráveis. Elas são as vítimas mais fáceis que podem existir.
Como se diz, todos são iguais perante Deus. Isso também se aplica ao sofrimento e ao terror, já que ambos fazem as pessoas se aproximarem e se verem como iguais. O terrorista de Christchurch planejou minuciosamente seu crime e pensou, inclusive, como poderia divulgá-lo na internet. Mas ignorou um ponto crucial: o terror busca separar as pessoas, mas também pode uni-las.
Seja ateu, cristão, judeu ou muçulmano – diante da ameaça, esse fator não é importante. O terror não faz distinção entre diferentes religiões, identidades culturais ou nacionalidades. Não importa onde este ou aquele nasceu, ou por quanto tempo alguém vive em determinado lugar.
É reconfortante que esse ataque tenha sido condenado pela comunidade internacional tão unanimemente quanto os ataques terroristas islâmicos em Paris, Bruxelas, Londres, Madri ou Berlim. Quando se trata de terror, quando pessoas inocentes e ingênuas são brutalmente assassinadas, então não pode haver dois pesos e duas medidas!
A islamofobia é um fenômeno perigoso que precisamos observar no Ocidente exatamente da mesma forma que observamos o pequeno, porém perigoso, grupo de extremistas violentos entre os muçulmanos.
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