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Nicolás Maduro expulsa embaixadora da UE

30 de junho de 2020

Após nova leva de sanções impostas pela União Europeia, presidente venezuelano dá 72 horas para representante de Bruxelas deixar o país, acusando o bloco europeu de "racismo" e de se submeter aos Estados Unidos.

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Após nova leva de sanções, presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expulsa embaixadora da UE
Após nova leva de sanções, presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expulsa embaixadora da UEFoto: picture-alliance/AP Photo/M. Delacroix

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decidiu nesta segunda-feira (29/06) expulsar a embaixadora da União Europeia (UE) no país, após o bloco europeu anunciar sanções contra 11 funcionários do governo venezuelano por agirem contra os representantes eleitos democraticamente para a Assembleia Nacional.

Durante uma cerimônia no Palácio de Miraflores, Maduro afirmou que deu prazo de três dias para que Isabel Brilhante Pedrosa, a representante diplomática da UE, deixe a Venezuela. "Quem são eles para tentarem se impor através de ameaças? Já basta! Por isso, decidi dar 72 horas para que a embaixadora da União Europeia abandone nosso país", disse Maduro.

Entre os 11 venezuelanos punidos com as sanções europeias está Luis Parra, que se proclamou presidente da Assembleia Nacional com o apoio de um grupo minoritário de deputados fiéis a Maduro, em detrimento ao líder oposicionista Juan Guaidó.

Maduro inclusive ofereceu ajuda à delegação da UE para encontrar um voo de volta para a Europa, em meio aos vários cancelamentos ocorridos em razão da pandemia de covid-19. O presidente disse que, se os representantes europeus não respeitam seu governo, devem deixar o país. "Deve-se respeitar a Venezuela em sua integridade, como nação, como instituição", afirmou.

A UE sustenta que as sanções têm como alvo os responsáveis por ações contra o funcionamento democrático da Assembleia, através da remoção da imunidade parlamentar de vários de seus membros, inclusive do próprio Guaidó.

Bruxelas também condena a existência de processos judiciais por motivos políticos, assim como a criação de obstáculos para uma solução política para o país e as graves violações aos direitos humanos e restrições de liberdades fundamentais.

A nova leva de sanções aumenta para 36 o número de venezuelanos sujeitos às punições da UE, que incluem proibições de viagens para os países do bloco e o congelamento de bens e ativos no continente.

Segundo Maduro, as medidas revelam a "posição arrogante" do bloco europeu, que acusou de agir com "racismo" contra o país latino-americano. "A UE acaba no rastro de [Donald] Trump. Que vergonha", afirmou, acusando Bruxelas de "se ajoelhar" para o presidente dos Estados Unidos.

RC/efe/afp/rtr

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