Crime da RAF
7 de junho de 2008Em inquérito aberto nesta sexta-feira (06/06) contra Verena Becker, o Ministério Público alemão tentará esclarecer o papel da então terrorista da Fração do Exército Vermelho (RAF) no assassinato do procurador-geral da Alemanha Siegfried Buback, há 31 anos.
Os investigadores pretendem comparar material genético de Verena Becker, de 55 anos, com amostras de DNA recolhidas no local do crime. Ela já se submeteu voluntariamente à coleta de amostras.
Comparação das amostras recolhidas
Buback e dois acompanhantes foram assassinados a tiros em abril de 1977. Na época, análises de DNA ainda não faziam parte dos métodos de investigação criminal.
Recentemente foi possível recolher três amostras de DNA de um capacete e das luvas do motorista e do carona da motocicleta usada pela RAF no atentado, bem como de um casaco recolhido no carro que os terroristas usaram na fuga.
Em 1977, as autoridades alemãs atribuíram o atentado a três membros da RAF: Christian Klar, Knut Folkerts e Guenter Sonnenberg. Klar ainda está detido e os outros dois já cumpriram pena de prisão por este e outros crimes.
Também Brigitte Mohnhaupt foi condenada por participação no planejamento do assassinato. Apesar de intensas investigações, nunca foi possível esclarecer quem foi o carona da moto, que é apontado como autor dos disparos.
Em abril de 2007, o Ministério Público abriu um inquérito contra Stefan Wisniewski, que foi considerado o possível homicida por Peter-Juergen Boock, outro ex-terrorista. Já Michael Buback, filho do procurador-geral assassinado, sempre insistiu na hipótese de que Verena Becker teria sido a autora dos disparos fatais.