Alemanices: Como os alemães comemoram o Natal?
22 de dezembro de 2017É hora de abrir as últimas janelinhas do calendário e acender a última vela da coroa do Advento. Na Alemanha, o meticuloso processo de preparação para o Natal, que começa quatro domingos antes da data, culmina no dia 24 de dezembro. É quando as barraquinhas das feiras natalinas costumam ser desmontadas, dando fim à temporada do Glühwein, o vinho quente alemão, e dos bolos e biscoitos aromáticos.
O período pré-natalino é intenso e nostálgico, por já ser uma despedida em contagem regressiva desse tempo encantador na Alemanha, que combina tradições e sabores.
O dia 24 de dezembro é o mais simbólico e importante da comemoração natalina. Assim como no Brasil, é o dia de se reunir com a família e fazer a ceia. Algumas famílias vão à igreja antes do jantar. A refeição é simples. Para muitas famílias, menu tradicional é salada de batatas com salsichas.
Chega a hora de abrir os presentes. Todos os pacotes estão embaixo da árvore de Natal, que é obviamente um pinheiro verdadeiro. Depois do Natal, caso as raízes sejam mantidas, a árvore pode ser plantada no jardim de casa.
Seguindo a tradição, o Papai Noel vem para entregar os presentes às crianças. Em algumas regiões da Alemanha e da Europa, quem traz os presentes é o Christkind – na tradução literal, menino Jesus.
Na Alemanha, o Natal é mais longo. Além da noite de 24 de dezembro, há o primeiro e o segundo dias de Natal, 25 e 26 de dezembro, respectivamente. No dia 25, para alguns é dia de almoço em família. O dia 26 é um feriado normal e pode envolver ou não mais comemorações.
De todas as tradições, a de que mais gosto é o Dia de São Nicolau, em 6 de dezembro, quando familiares, amigos e vizinhos deixam presentes – sobretudo doces – dentro das botas.
No dia anterior, as crianças deixam as botas e meias em frente de casa para aguardar as guloseimas. Para os adultos, o presente também vai dentro dos sapatos, que, em geral, ficam em frente à porta de entrada de casa.
Na coluna Alemanices, publicada às sextas-feiras, Karina Gomes escreve crônicas sobre os hábitos alemães, com os quais ainda tenta se acostumar. A repórter da DW Brasil e DW África tem prêmios jornalísticos na área de sustentabilidade e é mestre em Direitos Humanos.
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