Venâncio Mondlane anuncia "pausa" nas contestações
8 de novembro de 2024"Pela primeira vez tivemos manifestações de moçambicanos a favor da nossa luta nos EUA, no Brasil e em Portugal. Tivemos grandes manifestações de moçambicanos na diáspora, junto com angolanos, guineenses, com outras nacionalidades dos PALOP numa mesma causa. A terceira fase das nossas manifestações foram um sucesso", disse, esta sexta-feira, Venâncio Mondlane, em mais um direto na sua página oficial do Facebook.
Na mesma ocasião, o candidato presidencial apoiado pelo partido PODEMOS fez saber que a quarta e última fase de contestação, por si convocada, será anunciada na próxima segunda-feira, dia 11 de novembro.
Para já, segue-se um fim de semana de "pausa", disse.
"Vamos fazer uma pausa"
"Vamos fazer uma pausa. Temos pessoas que precisam de tratamento médico, temos pessoas que têm de ser enterradas, pessoas que têm de voltar ao trabalho. Sexta, sábado e domingo, a única coisa que vamos fazer é continuar com a manifestação das panelas à hora habitual, mas as manifestações de rua vamos parar", disse.
Venâncio Mondlane prosseguiu, dando conta que, na próxima segunda-feira, 11 de novembro, "vai anunciar as medidas e a data em que vai começar a quarta e última etapa das manifestações em Moçambique a favor da salvação e libertação do país".
"Quarta fase vai ser extremamente dolorosa"
"A quarta fase vai ser extremamente dolorosa, porque notamos que o regimeestá a querer fazer um braço de ferro com o povo. O regime quer usar apenas a força das armas contra o povo, quer continuar a assassinar o povo, mas como vimos, há uma determinação muito grande do nosso povo para continuar esta luta", frisou.
Segundo Venâncio Mondlane, "a economia de Moçambique vai ser afetada de uma forma severa".
"As medidas vão ser demasiado pesadas e duras, porque este regime não respeita o povo. Só estão para defender os seus interesses e lucros", disse.
Mondlane frisou ainda que, em conferência de imprensa, esta tarde, também o presidente do PODEMOS, Albino Forquilha, disse que "as manifestações vão continuar até a reposição da verdade eleitoral".