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Argélia: Conselho Constitucional suspende eleições de julho

EFE | AFP | tms
2 de junho de 2019

O Conselho Constitucional da Argélia anunciou a "impossibilidade" de organizar as presidenciais previstas para o dia 4 de julho. As duas únicas candidaturas apresentadas forma rejeitadas.

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Manifestações por reforma política tomam as ruas de Argel às sextas-feirasFoto: picture-alliance/dpa/B. Bensalem

Em comunicado divulgado este domingo (02.06), o Conselho Constitucional da Argélia revelou que as duas únicas candidaturas apresentadas foram rejeitadas, sem explicar as razões. "O Conselho Constitucional rejeita os dois expedientes de candidatura" e anuncia, portanto, "a impossibilidade de realizar as eleições presidenciais em 4 de julho".

Nessas eleições, reprovadas previamente pelo movimento popular, deveria ser escolhido o sucessor do Presidente Abdelaziz Bouteflika, forçado a renunciar a 2 de abril diante da pressão conjunta das ruas e do Exército.

Segundo a Constituição, o Presidente provisório Abdelkader Bensalah, designado a 9 de abril, deve ocupar o cargo de Chefe de Estado durante "90 dias" antes de transferir o poder. Este período de três meses chegará ao fim no dia 8 de julho, deixando o país em um cenário de incerteza política e jurídica.

Nova data para as eleições

Entretanto, o Conselho Constitucional não definiu uma nova data e afirmou que a missão "fundamental" do Chefe do Estado é a criação de um novo eleitorado para organizar o pleito.

"Corresponde ao Chefe do Estado de convocar de novo o eleitorado, e completar o processo eleitoral até a escolha do presidente da República e a prestação do juramento constitucional", explicou o órgão.

O anúncio de hoje se dá dois dias depois de uma grande manifestação nacional, na qual dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas pela 15ª sexta-feira consecutiva para exigir uma verdadeira transição democrática e a queda do antigo regime com o afastamento de figuras que permanecem no Governo.

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