Voo 4U-9525 tinha passageiros de 15 nacionalidades
25 de março de 2015O presidente da Germanwings, Thomas Winkelmann, informou nesta quarta-feira (25/03) que o voo 4U-9525 tinha passageiros e tripulantes de pelo menos 15 nacionalidades. Das 150 vítimas do acidente nos Alpes franceses, 72 são alemãs, e 35, espanholas.
Os números da Germanwings divergem dos divulgados até agora pelo governo espanhol, que estimou em 49 seus cidadãos mortos na tragédia. Segundo Winkelmann, havia pelo menos dois passageiros de Estados Unidos, Austrália, Argentina e Venezuela. Também viajavam no Airbus A320 cidadãos de Reino Unido, Japão, Holanda, Colômbia, México, Bélgica, Israel, Irã e Turquia.
Os números da tragédia, no entanto, ainda não estão fechados. Segundo o executivo da Germanwings, bandeira pela qual voava o Airbus A 320, familiares de 123 das 150 vítimas do acidente já foram contatados. Na quinta-feira, dois voos – um partindo de Barcelona e outro de Düsseldorf – levarão familiares e psicólogos até a região onde ocorreu a queda.
Entre as vítimas estão 16 estudantes do Ensino Médio e duas professoras da escola Joseph-König, na pequena cidade de Haltern am See. Eles voltavam de um intercâmbio de uma semana na Espanha, na vila de Llinars Del Valles.
O prefeito Bodo Klimpel declarou à imprensa que a cidade de pouco mais de 37 mil habitantes está chocada. A Secretaria de Educação do estado da Renânia do Norte-Vestfália destacou 50 assistentes sociais para ajudarem no atendimento às famílias.
Embora a identidade dos passageiros ainda não tenha sido divulgada, aos poucos mais informações sobre eles vão sendo reveladas. Segundo a imprensa alemã, entre as vítimas havia três moradores da cidade de Dortmund. A presença de dois bebês a bordo também foi mencionada, assim como a de três gerações de uma mesma família: uma menina de 10 anos, a mãe e uma avó.
A Casa de Ópera de Barcelona confirmou ainda que dois cantores, Oleg Bryjak, nascido no Cazaquistão, e a alemã Maria Radner também morreram no acidente. Na ópera da cidade catalã eles interpretaram Siegfried, de Richard Wagner.
Carsten Spohr, presidente da Lufthansa, empresa da qual a Germanwings é subsidiária, declarou ser "inexplicável como um avião em boas condições, com dois pilotos experientes, poderia enfrentar uma tragédia voando a uma altitude de cruzeiro".
Uma das caixas-pretas do avião, peça-chave para desvendar quais seriam as causas da queda da aeronave, está sendo reconstituída e analisada em Paris. Segundo especialistas, ela ficou bastante danificada com o acidente.
MSB/rtr/dpa/afp