UE pode duplicar verba para ajuda militar à Ucrânia
11 de março de 2022A União Europeia (UE) deve destinar 500 milhões de euros (R$ 2,7 bilhões) adicionais para ajuda militar à Ucrânia, afirmou nesta sexta-feira (11/03) o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no final da cúpula da UE em Versalhes, na França.
O dinheiro se soma aos 500 milhões de euros já aprovados pela UE no final de fevereiro para apoio militar à Ucrânia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a Europa vai impor em breve uma quarta rodada de sanções à Rússia e ao presidente do país, Vladimir Putin.
Sem acordo sobre adesão da Ucrânia
Von der Leyen também disse que o pedido de adesão da Ucrânia à UE está sendo considerado favoravelmente, acrescentando que o país já é "um membro da família europeia".
"O pedido de adesão da Ucrânia é uma expressão de sua vontade e seu direito de escolher seu próprio destino. Hoje, abrimos à Ucrânia o caminho em nossa direção", acrescentou.
No entanto, mesmo após oito horas de deliberações, os líderes europeus não chegaram a um acordo em relação a passos concretos visando a uma adesão rápida do país à UE.
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, e seus colegas apenas prometeram à Ucrânia fortalecer ainda mais os laços e aprofundar a parceria para apoiar o país em seu "caminho europeu".
Referindo-se ao pedido de adesão apresentado por Kiev em 28 de fevereiro, a declaração final do encontro diz: "O Conselho agiu com celeridade e pediu à Comissão que emita seu parecer sobre este pedido, de acordo com as disposições pertinentes dos Tratados." Até lá "e sem demora" o intuito é aprofundar a parceria "para apoiar a Ucrânia no seu caminho europeu".
Importações de energia russa
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a UE realizará uma cúpula extraordinária até maio para discutir investimentos conjuntos em defesa. Ele disse que a UE quer parar de importar gás, petróleo e carvão russos até 2027.
"Tem que haver novos investimentos e novas instalações para que possamos apoiar nossas escolhas de energia renovável e nuclear", disse Macron.
md (AFP, DPA, Reuters)