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UE pede mais esforços de Espanha e França no combate à crise

30 de maio de 2012

Comissão Europeia pede ações em nível europeu e nacional por parte dos países-membros do bloco. A Espanha, sob ameaça de recessão, tem como meta reduzir seu deficit para menos de 3%. Dívida francesa também preocupa.

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ARCHIV- Das Eurozeichen steht am 7. Dezember 2006 in Frankfurt am Main vor der Europaeischen Zentralbank. Der Vorschlag zur Gruendung eines Europaeischen Waehrungsfonds als Reaktion auf die Schuldenkrise Griechenlands stoesst im Bundestag auf ein geteiltes Echo. Aus der Unionsfraktion kam am Montag, 8. Maerz 2010, Zustimmung fuer den Vorstoss von Bundesfinanzminister Wolfgang Schaeuble, die Gruenen warnten indes vor Risiken. (AP Photo/Michael Probst) --- FILE - The Euro sign is seen in front of the European Central Bank in Frankfurt, central Germany, Thursday, Dec. 7, 2006. (AP Photo/Michael Probst)
Foto: AP

A Comissão Europeia pediu nesta quarta-feira (30/05) mais esforços por parte dos 27 países-membros da União Europeia (UE) no combate à crise de endividamento e econômica. O órgão deu destaque à Espanha, à qual recomendou estender por mais um ano, até 2014, o prazo para atingir um deficit menor que os 3% permitidos.

"Temos que dobrar nosso esforços, tanto em nível europeu como em nível nacional", declarou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. No caso da Espanha, a condição para um maior prazo de redução do deficit seria que o governo espanhol arcasse com os gastos das regiões e apresentasse um planejamento orçamentário com medidas de austeridade adicionais para os próximos dois anos.

Segundo o comissário da UE para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, a Espanha necessita de um tratamento especial por ser o único país para o qual foi prevista recessão econômica neste e no próximo ano. Para Rehn, o país deveria reduzir seu deficit para menos de 3% já em 2013, caso contrário estaria sujeito a novas sanções. Com um endividamento atual de 6,4%, a meta de 3% só seria alcançável com drásticos cortes adicionais.

A situação espanhola é agravada por seu fragilizado sistema bancário. Na última sexta-feira, o instituto Bankia pediu em Madri uma ajuda adicional de 19 bilhões de euros, o que aumenta ainda mais o endividamento espanhol. Se o país deveria, por isso, solicitar recursos do pacote de resgate do euro, Rehn deixou em aberto.

PK Jose Manuel Barroso in Brüssel
Barroso: "Temos que dobrar nosso esforços, tanto em nível europeu como em nível nacional"Foto: Reuters

Até o momento, o governo espanhol continua sublinhando que quer resolver os problemas do país – altamente endividado e com elevada taxa de desemprego – sem ajuda europeia.

Contexto europeu

Além da Espanha, a Comissão Europeia avaliou a situação político-econômica de todos os países da UE e também deu tarefas de casa a outros países. Itália, Portugal, Irlanda e Holanda estão no caminho certo para a consolidação, segundo relatório do órgão da UE.

Do novo presidente francês, François Hollande, exige-se, porém, um "reforço da estratégia orçamentária". Segundo cálculos da Comissão, o deficit parisiense ficará em 4,5% em 2012, e, sem uma mudança de estratégia, em 4,2% em 2013. Caso a França volte a atingir um endividamento acima de 3%, corre o risco de ser submetida a novas sanções.

Já a Alemanha está em uma situação bem mais tranquila. Berlim continuou fazendo sua parte em relação à austeridade – com um endividamento previsto de 0,9% neste ano e 0,7% em 2013. As razões para tais números são a conjuntura econômica favorável no país e receitas fiscais elevadas.

Além da Alemanha, a Bulgária também recebeu boas notícias da Comissão Europeia, que recomendou que seja suspenso um processo por deficit orçamentário em andamento. Enquanto isso, a Hungria tem boas chances de receber a liberação de uma ajuda congelada no valor de 500 milhões de euros, já que a situação orçamentária do país melhorou.

LPF/dapd/afp
Revisão: Carlos Albuquerque