Soldados alemães aprovam controverso fuzil G36
15 de outubro de 2015Os soldados da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) em missões no exterior disseram não ter problemas com a precisão do fuzil G36, da fabricante Heckler & Koch, concluiu uma comissão criada pelo Ministério da Defesa para averiguar possíveis falhas nesse modelo de armamento.
A comissão entrevistou 200 soldados e apresentou seu relatório nesta quarta-feira (14/10) em Berlim. De acordo com o documento, os militares não perceberam deficiências de precisão durante combates e nenhum deles disse que sua vida teria sido posta em risco. O fuzil padrão da Bundeswehr foi avaliado como sendo de fácil uso, leve e pouco sujeito a interferências.
"A confiabilidade foi particularmente enfatizada", afirmou a comissão. O relatório também ressaltou que os soldados não concordam com o apelido "fuzil avariado", dado ao G36. "A experiência operacional e em combate contradiz essa denominação", afirmou o diretor da comissão Winfried Nachtwei.
A polêmica em torno do fuzil começou em 2010, após denúncias de falhas na precisão quando a arma é exposta a elevadas temperaturas externas ou quando ela esquenta demais devido ao uso contínuo. Em maio de 2015, um exame laboratorial confirmou as denúncias. Em agosto, a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, ordenou a substituição de 167 mil fuzis a partir de 2019.
Segundo Nachtwei, a situação de temperaturas extremas testada pelo laboratório é uma exceção. A ministra evitou comentar o relatório e disse que ele será avaliado internamente.
A Bundeswehr usa o G36 como arma padrão há 20 anos e comprou, desde 1990, mais de 180 mil peças. O fuzil é usado também por exércitos e forças de seguranças de outros países, como Espanha, Noruega, Jordânia e México.
CN/dpa/rtr