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Rio 2016 contará com dez atletas refugiados

3 de junho de 2016

Esportistas de quatro países participarão dos Jogos sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional. Dois estão se preparando no Brasil. As modalidades representadas são atletismo, natação e judô.

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Bandeira olímpica sendo carregada por autoridades mundiais na cerimônia de abertura dos Jogos de 2012, em Londres
Bandeira olímpica sendo carregada por autoridades mundiais na cerimônia de abertura dos Jogos de 2012, em LondresFoto: Getty Images/Paul Gilham

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou, nesta sexta-feira (03/06), a participação de dez atletas refugiados nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Os atletas – de atletismo, natação e judô – competirão sob a bandeira do COI e entrarão na cerimônia de abertura, em 5 de agosto no estádio do Maracanã, antes de delegação brasileira.

"Estes refugiados não têm casa, não tem equipe, nem bandeira ou hino nacional. Vamos oferecer a eles um lar na Vila Olímpica ao lado de todos os atletas do mundo", disse o presidente do COI, Thomas Bach, depois de uma reunião do comitê executivo em Lausanne.

Selecionados entre 43 possíveis candidatos, os dez atletas são cinco refugiados do Sudão do Sul, dois da Síria, dois da República Democrática do Congo e um da Etiópia. A inédita equipe de será tratada como qualquer outra delegação nos Jogos, sujeita inclusive a controles antidoping, mas terá os gastos custeados pelo COI.

Em nota, a agência da ONU para refugiados (Acnur) saudou a medida. "Estamos muito satisfeitos com a Equipe Olímpica de Atletas Refugiados. São pessoas que tiveram suas carreiras esportivas interrompidas após serem forçadas a abandonar seus países devido à violência e à perseguição. Agora, estes atletas refugiados de alto nível finalmente terão a chance de seguir seus sonhos", disse o chefe da agência, Filippo Grandi.

"A participação deles nos Jogos Olímpicos é o resultado da coragem e perseverança de todos os refugiados que se esforçam para superar as diferenças e construir um futuro melhor para eles e para suas famílias. O Acnur se solidariza com eles e todos os refugiados", concluiu

Os dez atletas refugiados:

– Rami Anis:
País de origem: Síria
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Bélgica
Modalidade: natação (masculino)

– Yiech Pur Biel:
País de origem: Sudão do Sul
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Quênia
Modalidade: atletismo – 800 metros rasos (masculino)

– James Nyang Chiengjiek:
País de origem: Sudão do Sul
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Quênia
Modalidade: atletismo – 400 metros rasos (masculino)

– Yonas Kinde:
País de origem: Etiópia
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Luxemburgo
Modalidade: atletismo – maratona (masculino)

– Anjelina Nada Lohalith:
País de origem: Sudão do Sul
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Quênia
Modalidade: atletismo – 1.500 metros rasos (feminino)

– Rose Nathike Lokonyen:
País de origem: Sudão do Sul
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Quênia
Modalidade: atletismo – 800 metros rasos (feminino)

– Paulo Amotun Lokoro:
País de origem: Sudão do Sul
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Quênia
Modalidade: atletismo – 1.500 metros rasos (masculino)

– Yolande Bukasa Mabika (feminino):
País de origem: República Democrática do Congo
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Brasil
Modalidade: judô (feminino)

– Yusra Mardini:
País de origem: Síria
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Alemanha
Modalidade: natação (feminino)

– Popole Misenga:
País de origem: República Democrática do Congo
Comitê Olímpico Nacional hospedeiro: Brasil
Modalidade: judô (masculino)

PV/dpa/rtr/afp/acnur