1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Retirada de civis enfrenta graves problemas na Ucrânia

9 de março de 2022

Rússia anuncia novo cessar-fogo para permitir corredores humanitários a partir de Kiev, Kharkiv, Sumy, e outras cidades. Em Mariupol, governo ucraniano aponta descumprimento do acordo por parte dos russos.

https://p.dw.com/p/48992
Ukraine-Krieg | Flucht aus Irpin bei Kiew
Civis em Irpin precisam deixar a cidade por escombros de uma ponte destruídaFoto: DIMITAR DILKOFF/AFP
  • Rússia anuncia novo cessar-fogo para permitir corredores humanitários
  • Ucrânia acusa Rússia de violar cessar-fogo
  • EUA e Reino Unido proíbem importação de petróleo da Rússia
  • Cruz Vermelha diz que situação em Mariupol é "apocalíptica"
  • Kiev diz que avanço de forças russas praticamente estagnou em algumas regiões
  • Otan volta a reiterar que protegerá "cada centímetro do território aliado"
  • Navalny pede que russos protestem contra "empreendimento sangrento de Putin"
  • Número de refugiados chega a 2 milhões
  • Corredor humanitário em Sumy em funcionamento
  • Mais de 20 mil estrangeiros como voluntários pela Ucrânia
  • Rússia abre corredores humanitários
  • Ao menos 21 mortos em ataque aéreo em Sumy
  • Médicos Sem Fronteiras denuncia situação precária

Transmissão encerrada.

18:50 – Coca-Cola e Pepsi interrompem negócios na Rússia

As multinacionais Coca-Cola Company e PepsiCo se juntaram a outras grandes marcas e anunciaram a suspensão de todos os seus negócios na Rússia.

"Nossos corações estão com as pessoas que sofrem os efeitos inconcebíveis dos eventos trágicos na Ucrânia", afirmaram os diretores da Coca-Cola, em nota. "Continuaremos a monitorar e avaliar a situação, e a maneira com as circunstâncias se desenvolvem."

A PepsiCo informou a suspensão de todos os investimentos, campanhas publicitárias e atividades promocionais na Rússia, além de interromper suas operações na Ucrânia para permitir que seus associados possam buscar segurança. (AP)

18:05 – McDonald's e Starbucks suspendem operações na Rússia

A rede de fast food McDonald's e a cadeia de cafés Starbucks anunciaram a suspensão de suas operações na Rússia.

O McDonald's informou o fechamento temporário de todas as suas 847 lojas em solo russo, incluindo a icônica lanchonete na praça Pushkin, símbolo da abertura do país após o fim da União Soviética. A decisão da empresa aumentou a pressão sobre outras grandes marcas globais para que fizessem o mesmo.  

Horas mais tarde, o Starbucks anunciou a suspensão de suas atividades na Rússia, incluindo a exportação de todos os produtos da rede para o país. A Starbucks possui 130 lojas no país, que são de propriedade e operadas por parceiros licenciados.

  O CEO da empresa, Kevin Johnson afirmou que os detentores da licença na Rússia "concordaram em suspender a operações e fornecer apoio aos quase 2 mil parceiros que dependem do Starbucks para seu sustento".

O McDonald's lamentou o impacto que sua decisão deverá ter sobre os 62 mil funcionários da rede na Rússia, mas informou que continuará pagando seus salários durante a suspensão das atividades. (AP)

17:35 – Rússia anuncia novo cessar-fogo para permitir corredores humanitários

A Rússia anunciou um novo cessar-fogo a partir das 10h (4h no horário de Brasília) desta quarta-feira, para permitir o funcionamento dos corredores humanitários a partir de Kiev, Kharkiv, Sumy, Mariupol e outras cidades, informou a agência russa de notícias Tass.

As informações sobre os corredores foram enviadas à vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshchuk, informou o chefe do Centro de Controle da Defesa Nacional da Rússia. Mikhail Mizintsev.

"Dada a deterioração da situação humanitária [...] e com o objetivo de assegurar a segurança de civis e cidadãos estrangeiros, a Rússia observará o regime de silêncio a partir das 10hs", afirmou Mizintsev, citado pela Tass.

Mais cedo, Mizintsev disse que as autoridades ucranianas aprovaram apenas uma rota de evacuação das dez que haviam sido propostas pelos russos, sendo que cinco delas levariam a territórios controlados por Kiev. 

O governo ucraniano informou que rejeitaria quaisquer rotas de fuga que levem à Rússia ou Belarus.(AFP)

16.45 – Zelensky evoca Churchill em mensagem ao Parlamento britânico

Em mensagem de vídeo ao Parlamento do Reino Unido, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, evocou o ex-líder britânico Winston Churchill, ao afirmar que seu país vai combater a invasão russa "nas cidades, campos e nas margens dos rios".

"Não desistiremos e não perderemos", disse Zelensky aos parlamentares, relembrando o discurso histórico de Churchill durante a época mais sombria da Segunda Guerra Mundial, no qual ele disse que seu mais jamais se renderia ao inimigo.

Na mensagem assistida pelo plenário lotado da Câmara dos Comuns, Zelensky pediu a Londres que reforce as sanções contra a Rússia e que reconheça o agressor como um "país terrorista". Esta foi a primeira vez que um líder estrangeiro teve permissão de falar ao Parlamento britânico.

No início e no final de sua mensagem, Zelensky foi aplaudido de pé pelos parlamentares. (AFP)

15:10 – Ucrânia acusa Rússia de violar cessar-fogo

Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de violar o cessar-fogo em Mariupol e outras cidades, onde comboios de ônibus tentam trazer alimentos, água e medicamentos antes de evacuarem pessoas parte da população.

Forças russas impuseram cercos a cidades ucranianas e cortaram o abastecimento de comida, água, remédios e eletricidade, o que gerou catástrofes humanitárias.

As tentativas de estabelecer corredores humanitários sofreram inúmeras dificuldades nos últimos dias, enquanto continuavam os combates e o desacordo entre ucranianos e russos quanto às possíveis rotas de fuga.

O ministro ucraniano do Exterior, Oleg Nikolenko, denunciou através do Twitter que a Rússia teria violado o cessar-fogo em Zaporíjia. Ele disse que oito caminhões e 30 ônibus estão prontos para entregar ajuda humanitária à população na cidade e evacuar civis, mas pediu maior pressão sobre a Rússia para que Moscou cumpra o que foi acordado.

Segundo a agência de notícias Associated Press, a presidência da Ucrânia foi informada de violações do cessar-fogo logo em Mariupol logo após os ônibus começarem o trajeto para a cidade, com bombardeios ocorrendo na rota de fuga.

O prefeito de Mariupol expressou dúvidas quanto ao prosseguimento da evacuação, uma vez que forças russas continuavam a bombardear a região onde as pessoas tentavam se reunir. Ele disse que algumas rodovias estão minadas, e outras, bloqueadas.

 A cidade portuária de Mariupol é um importante ponto estratégico. Uma vez capturada, poderá possibilitar a Moscou um corredor direto por terra para a Península da Crimeia, tomada por pela Rússia da Ucrânia em 2014. Calcula-se que em torno de 200 mil dos 430 mil habitantes estejam tentando deixar a cidade. (AP, AFP)

14:20 – EUA e o Reino Unido proíbem importação de petróleo e gás da Rússia

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira o fechamento dos portos americanos para a importação de petróleo e gás da Rússia por causa da invasão de tropas russas à Ucrânia.

Ele afirmou que a decisão foi tomada em estreita coordenação com os aliados de Washington. A Rússia é o maior exportador de óleo e gás natural do mundo.

Após o anúncio americano, o governo do Reino Unido informou que adotará a mesma medida.

13:53 – Cruz Vermelha diz que situação em Mariupol é "apocalíptica"

Desde o último sábado, várias tentativas de retirar civis em segurança da cidade portuáruia de Mariupol, que tem cerca de 440.000 habitantes, falharam. De acordo com trabalhadores de ajuda humanitária, a situação é catastrófica.

"A situação é apocalíptica", informou o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Genebra, Ewan Watson. Segundo ele, em Mariupol, todos os suprimentos acabaram. O CICV já entregou todos os seus estoques e tenta levar mais suprimentos à Ucrânia de todas as maneiras possíveis.

O CICV disse que está pronto para facilitar a retirada de civis. No entanto, a Rússia e a Ucrânia ainda não criaram as condições para isso. "Estamos tentando desesperadamente facilitar o diálogo", afirmou Watson. 

O pré-requisito para a retirada de pessoas é que elas viajem voluntariamente e sejam levadas para um local seguro. 

Nesta terça-feira, a Rússia disse que abriu um corredor humanitário em Mariupol. A Ucrânia, porém, afirmou que o corredor teria sido atacado e o cessar-fogo temporário descumprido pelos russos. 

Fumaça sobre a cidade de Mariupol
Fumaça sobre a cidade de MariupolFoto: Viktor Antonyuk/SNA/IMAGO

13:39 – Rússia informa 723 pessoas retiradas de Sumy

O Ministério da Defesa russo disse que as autoridades ucranianas confirmaram apenas uma das dez rotas de evacuação propostas para civis de Sumy via a cidade de Poltava até a fronteira polonesa. Segundo o ministério, 723 pessoas foram retiradas pelo corredor humanitário Sumy-Poltava. A informação não pode ser verificada de forma independente pela DW. 

A cidade de Sumy,  com cerca de 250.000 habitantes, fica perto da fronteira com a Rússia e tem sido palco de combates há vários dias. Houve um ataque aéreo, no qual pelo menos 21 pessoas morreram.

Em uma carta à Cruz Vermelha, a Rússia anunciou que o corredor humanitário ficaria aberto das 9h às 21h desta terça-feira (horário local).

Uma fila de ônibus amarelos percorrem uma estrada
Ônibus se deslocam para a retirdada de civis através de corredores humanitáriosFoto: President's Office/REUTERS

13:15 – Kiev diz que avanço de forças russas praticamente estagnou em algumas regiões

A Ucrânia disse nesta terça-feira que o avanço das forças russas não só diminuiu significativamente, como em algumas áreas praticamente estagnou, segundo o assessor presidencial Oleksiy Arestovych.

"O ritmo de avanço do inimigo diminuiu significativamente. Agora em algumas áreas praticamente parou", afirmou ele em uma mensagem de vídeo postada pelo Escritório da Presidência ucraniana no Telegram.

Ele explicou que "as forças que continuam a avançar o fazem em pequenos grupos e realizam o reconhecimento e não representam uma grande ameaça nessas cidades".

Mais cedo, o Comando Geral das Forças Armadas da Ucrânia informou que o ritmo do avanço "diminuiu significativamente, embora o oponente continue a operação ofensiva nas zonas operacionais sul, leste e norte".

Em seu segundo comunicado no dia, o Comando Geral acrescentou que as forças russas continuam a ofensiva com o apoio de aeronaves e armas de alta precisão.

Estão concentrando esforços em "criar condições para tomar o controle de Kiev, Kharkiv, Chernobyl, Sumy, Mariupol, Mykolaiv e acesso às fronteiras administrativas das regiões [separatistas] de Donetsk e Lugansk", diz a nota.

"Ao mesmo tempo, ainda há sinais de prontidão da liderança militar-política da República de Belarus para uma possível participação em larga escala das Forças Armadas da República de Belarus nas hostilidades contra a Ucrânia", acrescenta o texto.

A informação não pode ser checada pela DW de forma independente. (EFE)

12:00 – Alemanha abre investigação sobre crimes de guerra na Ucrânia

A promotoria federal da Alemanha abriu uma investigação sobre suspeitas de crimes de guerra que teriam sido cometidos por militares russos na invasão da Ucrânia, informaram as autoridades nesta terça-feira, em meio à indignação internacional por ataques que atingem civis e a infraestrutura de serviços públicos.

 "Vamos coletar e armazenar todas as provas de crimes de guerra", disse o ministro da Justiça da Alemanha, Marco Buschmann, ao jornal Passauer Neue Presse. A promotoria, sediada na cidade de Karlsruhe, abriu uma "investigação estrutural" para iniciar a coleta de provas.

O ataque da Rússia à Ucrânia é "uma grave violação do direito internacional que não pode ser justificada por nada", disse. "Possíveis violações do direito penal internacional devem ser consistentemente processadas."

Leia mais. 

11:45 – Retirada de civis em Irpin em andamento

A Ucrânia começou a retirar civis de Irpin, cidade nas proximidades de Kiev, informaram os serviços de emergência do país. "A retirada da população de Irpin está em andamento. Quase 3.000 civis receberam assistência", informaram as autoridades em mensagem no Telegram.

A retirada de civis de Irpin, que tem quase 43.000 habitantes, ocorre após dias de intensos ataques russos e após vários obstáculos devido à ofensiva russa. A população precisa deixar a cidade através de uma ponte destruída. 

No domingo, um vídeo flagrou o momento exato em que uma explosão mata quatro pessoas que tentavam deixar a cidade. De acordo com o prefeito, Oleksandr Markushin, pelo menos oito pessoas morreram.

Markushin negou que a cidade esteja totalmente ocupada pelos russos e informou que ainda estão acontecendo combates em uma parte que foi tomada.

Apesar dos ataques, a polícia e o exército conseguiram retirar 200 pessoas da região de conflito, incluindo 50 crianças e um ferido, segundo o Ministério do Interior da Ucrânia. (Lusa, EFE)

11:10 – Ucrânia acusa Rússia de violar corredor humanitário de Mariupol

A Ucrânia acusou a Rússia de lançar um ataque contra um corredor humanitário para a retirada de civis da cidade portuária sitiada de Mariupol. 

"Cessar-fogo violado. As forças russas estão agora bombardeando o corredor humanitário de Zaporizhzhia a Mariupol. 8 caminhões + 30 ônibus prontos para entregar ajuda humanitária a Mariupol e (evacuar) civis para Zaporíjia. A pressão sobre a Rússia deve aumentar para fazê-la cumprir seus compromissos", escreveu o Ministério das Relações Exteriores no Twitter. 

O Ministério da Defesa também afirmou que estava ocorrendo um ataque ao corredor. "O inimigo lançou um ataque indo exatamente para o corredor humanitário", disse no Facebook. "Tais ações não são nada além de um genocídio", acrescentou.

As informações não puderam ser checadas de forma independente. Tentativas de evacuação de civis de Mariupol não foram bem-sucedidas em várias ocasiões nos últimos dias, com Kiev e Moscou se culpando mutuamente pelos fracassos.

O lado russo inicialmente não deu informações sobre o fato. De manhã, o porta-voz das forças pró-Rússia na região de Donetsk, Eduard Bassurin, afirmou que "nacionalistas" ucranianos estavam bloqueando a evacuação. (DW, ots)

11:00 – Otan volta a reiterar que protegerá "cada centímetro do território aliado"

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, voltou a pedir nesta terça-feira que Moscou encerre seu ataque à Ucrânia, prometendo não deixar o conflito se espalhar para outros países.

Stoltenberg disse que a situação na Ucrânia pode sair do controle e que o impacto humanitário da invasão da Rússia foi devastador, em meio ao que chamou de relatos confiáveis ​​de que tropas russas estavam atacando civis.

"Temos a responsabilidade de garantir que o conflito não aumente e se espalhe além da Ucrânia", disse Stoltenberg, falando ao lado do presidente da Letônia, Egils Levits.

Ele também reiterou que a Otan cumprirá suas obrigações de defesa coletiva sob o Artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte, a base legal da aliança militar.

"Vamos proteger e defender cada centímetro do território aliado", garantiu. (DW)

10:49 – Navalny pede que russos protestem contra "empreendimento sangrento de Putin"
O oposicionista russo Alexei Navalny, crítico do Kremlin preso, postou uma sequencência de 14 mensagens no Twitter, condenando o "empreendimento sangrento" de Vladimir Putin na Ucrânia. Ele apelou que os protestos contra a guerra sejam mantidos na Rússia.

"Não devem ser interrompidos sob nenhuma circunstância", escreveu.

Desde o começo da invasão russa na Ucrânia, mais de 13.500 pessoas foram presas em toda Rússia em manifestações contra a guerra. Muitos russos contrários à invasão temem se manifestar, devido às fortes represálias do Kremlin.

Navalny foi preso no começo do ano passado ao chegar na Rússia, depois de ficar cinco meses em tratamento na Alemanha devido a um envenenamento por uma substância da época da antiga União Soviética. O oposicionista, ferrenho crítico de Putin, acusa o governo russo de tentar matá-lo. O Kremlin nega. (DW)

09:41 – Corredor humanitário em Sumy em funcionamento

Em um vídeo publicado no Twitter, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia informou que o corredor humanitário, que serve para evacuação de pessoas de áreas de conflito, está funcionando na cidade de Sumy.

No vídeo, é possível ver civis em ônibus e carros, em um comboio rumo à cidade de Poltava, mais ao centro do país e a 175 quilômetros de Sumy, que, por sua vez, fica próxima à fronteira com a Rússia e tem sido alvo de pesados ataques.

O prefeito de Sumy, Dmitro Zhivitsky, disse que a prioridade será dada a deficientes, mulheres grávidas e crianças de orfanatos. "A população local seguirá o comboio em veículos particulares", anunciou a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk em um discurso na TV.

09:23 – Agência russa diz que país busca retorno de princípio de "coexistência pacífica" da Guerra Fria

De acordo com uma declaração do Ministério do Exterior da Rússia, Washington e Moscou deveriam colocar novamente em prática um princípio de "coexistência pacífica" semelhante ao que foi aplicado durante a Guerra Fria (1947-1991).

O ministério russo também teria dito estar aberto ao diálogo "honesto e de respeito mútuo" com os Estados Unidos e que espera que as relações entre os dois países possam voltar à normalidade.

08:58 – Ucrânia pode ter segunda onda de refugiados

Conforme o chefe do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, se a guerra continuar, a Ucrânia deve sofrer com uma segunda onda de civis em fuga do país.

"Se a guerra continuar, começaremos a ver pessoas que não têm recursos nem conexões", disse Grandi, referindo-se a ucranianos e habitantes da Ucrânia ainda mais vulneráveis do que os que compõem esta primeira leva.

"Será uma situação mais complexa de ser gerenciada para os países europeus", declarou, acrescentando que "ainda mais solidariedade" será necessária na Europa e em outros continentes.

08:43 – Mais de 20 mil estrangeiros como voluntários pela Ucrânia

Conforme o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, mais de 20 mil voluntários, de 52 países, se voluntariaram para lutar pela Ucrânia contra os russos em território ucraniano.

08:20 – Número de refugiados chega a 2 milhões

O número de refugiados devido à invasão russa na Ucrânia atingiu 2 milhões de pessoas nesta terça-feira (08/03). A informação foi divulgada pelo chefe do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi.

A maioria desse contingente foi para a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia a oeste do território ucraniano. Em torno de 1,2 milhão de pessoas teriam se dirigido para cidades polonesas.

(AP, DW)

07:00 – Ucrânia ordena o retorno de tropas em missões de paz da ONU

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, ordenou nesta terça-feira o retorno ao país das tropas que se encontraram em missões de paz da ONU. Os militares deverão voltar para lutar contra a invasão russa.

A Ucrânia participa de missões de manutenção da paz da ONU desde 1992. Atualmente, possui tropas no Congo, Sudão do Sul, Chipre, Kosovo, Abyei (entre o Sudão e o Sudão do Sul) e Mali. O maior contingente de soldados ucranianos se encontra no Congo. (Lusa)

06:20 – Rússia ameaçar interromper fornecimento de gás para a Alemanha

A Rússia ameaçou nesta terça-feira interromper o fornecimento de gás para a Alemanha caso os países ocidentais boicotem o petróleo russo. Segundo o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, o boicote "teria consequências catastróficas para o mercado global", fazendo com que o preço barril explodisse.

A ideia do boicote ao petróleo russo é impulsionada pelos Estados Unidos. A Alemanha e a Holanda, no entanto, rejeitaram a proposta. Atualmente, a União Europeia importa cerca de 40% de gás e 30% de petróleo da Rússia, e não conseguira suprir essa demanda rapidamente caso Moscou interrompa as entregas.

A Rússia também ameaçou interromper o envio de gás à Alemanha, após o país ter barrado o processo de licenciamento do Nord Stream 2 devido à invasão na Ucrânia. O gasoduto sob o Mar Báltico foi desenvolvido para ampliar o fornecimento de gás russo para a Alemanha. O projeto demorou mais de uma década para sair do papel e começou a ser construído em maio de 2018.

O Nord Stream 2 pertence à estatal russa de gás Gazprom, mas metade do projeto foi financiado por multinacionais do setor de energia e petróleo, como Shell, OMV, Engie, Uniper e Wintershall DEA. 

"Temos todos o direito de tomar uma decisão semelhante e impor um embargo ao envio de gás pelo Nord Stream 1", disse Novak. (DW)

05:47 – O que são corredores humanitários?

Nos últimos dias, um termo tem sido bastante visto no noticiário internacional: corredores humanitários. Tentativas de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia querem permitir que eles sejam abertos para a evacuação de civis e para o fornecimento de suprimentos a regiões ucranianas sitiadas por tropas russas.

As Nações Unidas consideram os corredores humanitários uma das várias formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado. São zonas desmilitarizadas, em uma área específica e por um tempo específico – e todos os lados de um conflito armado concordam com elas.

Leia mais

05:08 – Rússia abre corredores humanitários

A Rússia abriu corredores humanitários para possibilitar a fuga de civis em ao menos cinco cidades ucranianas: Kiev, Kharkiv, Chernigov, Sumy e Mariupol.

O movimento começou às 10h no horário de Moscou (4h de Brasília). Esta é a terceira tentativa de evacuar civis por meio de corredores humanitários. Nesta segunda, o governo ucraniano criticou a iniciativa após Moscou anunciar apenas rotas em direção à Rússia ou Belarus.

04:24 – Médicos Sem Fronteiras denuncia situação precária

A organização Médicos Sem Fronteiras afirmou nesta terça-feira (08/03) que o atendimento de pacientes e feridos está cada vez mais difícil na Ucrânia.

A logística para receber medicamentos é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos médicos que trabalham atualmente na Ucrânia.

Segundo o diretor administrativo da Médicos Sem Fronteiras, Christian Katzer, em algumas áreas já é impossível trabalhar.

A crise humanitária na Ucrânia cresceu nos últimos dias em meio ao aumento de bombardeios das forças russas no país. Alimentos, água, aquecimento e remédios estão cada vez mais escassos.

Até mesmo em Odessa, no sudoeste da Ucrânia, onde os ataques russos ainda não ocorreram, estariam faltando mantimentos.

04:01 – Ao menos 21 mortos em ataque aéreo em Sumy

Ao menos 21 pessoas morreram em um ataque aéreo na cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, informaram autoridades ucranianas no início da manhã desta terça-feira, no horário local.

O ataque atingiu uma área residencial. Entre os mortos, estariam quatro soldados ucranianos, além de dez civis, sendo duas crianças. (dpa)

02:49 – Nissan também deve parar de produzir na Rússia

A montadora japonesa Nissan deve interromper a produção na fábrica localizada em São Petersburgo, na Rússia.

A empresa, que não especificou uma data para a interrupção, alegou que a segurança dos funcionários é o principal fator para a decisão. Além disso, a companhia argumentou "dificuldades logísticas".

No ano passado, a unidade da Nissan em São Petersburgo produziu 45 mil veículos.

Além da Nissan, a Subaru e a Mitsubishi devem levar os funcionários de volta ao Japão. (AP, dpa)

02:43 – Ucrânia afirma ter matado o segundo general russo

O Ministério da Defesa da Ucrânia informou que o general russo Vitaly Gerasimov, de 45 anos, foi morto por forças ucranianas. Ele seria o segundo general do exército da Rússia morto no combate.

Conforme as autoridades ucranianas, Gerasimov lutou na Síria e na Chechênia, além de ter participado da invasão à Crimeia em 2014. 

O exército ucraniano também informou que já matou ao menos 11 mil soldados russos. A Rússia, por outro lado, informa que teve 500 baixas desde o início da guerra, que começou em 24 de fevereiro. (AP)

A imagem mostra uma área destruída sob uma ponte na cidade de Irpin, na Ucrânia. Pessoas passam por baixo do que ainda sobrou da ponte. À esquerda, é possível ver pessoas seguindo uma trilha e cruzando a água em cima de pedaços de madeira. À direita, um pai carrega a filha, com um carro capotado ao fundo. Todos vestem pesadas roupas de inverno, casacos e toucas.
Sem sucesso nos últimos dias, corredor humanitário para fuga de civis entra em sua terceira tentativa nesta terça-feira na UcrâniaFoto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance

02:04 – Rússia oferece novo cessar-fogo para evacuar civis

Autoridades militares russas informaram que planejam um novo cessar-fogo em algumas cidades ucranianas para evacuar civis nesta terça-feira.

A suspensão temporária dos ataques estaria ocorrendo desde as 10h do horário de Moscou (4h no horário de Brasília) em cinco cidades: Kiev, Chernigov, Kharkiv, Sumy e Mariupol.

O governo ucraniano afirmou que daria respaldo ao plano russo somente depois que as evacuações começassem de maneira segura. A resposta foi divulgada devido a duas tentativas frustradas de cessar-fogo seguido de evacuação no final de semana e também nesta segunda-feira.

A crise humanitária na Ucrânia cresceu nos últimos dias em meio ao aumento de bombardeios das forças russas no país. Alimentos, água, aquecimento e remédios estão cada vez mais escassos. 

Depois de uma terceira rodada de negociações entre representantes dos dois países nesta segunda, não houve muitos progressos para garantir a retirada de civis de algumas cidades ucranianas com segurança. O governo da Ucrânia rejeitou uma proposta da Rússia para a abertura de corredores humanitários em direção à Rússia ou Belarus.

Mais tarde, o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que a operação militar no país poderia ser interrompida "em um instante", caso o governo ucraniano aceitasse as exigências de Moscou.

Conforme a ONU, mais de 1,7 milhão de refugiados já deixaram a Ucrânia desde que a invasão russa começou, em 24 de fevereiro.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, pediu mais uma vez que o povo ucraniano resista à agressão russa. Ele também apelou por um boicote a todos os produtos da Rússia, incluindo o petróleo.

(AP, ots)

gb, le, rc