Protesto na França tem morto e feridos
17 de novembro de 2018Uma manifestante do movimento "gilets jaunes" (coletes amarelos) morreu neste sábado (17/11) e 47 pessoas ficaram feridas, três em estado grave, em cerca de 2 mil manifestações na França dos "coletes amarelos", que protestam contra o aumento dos impostos dos combustíveis, disse o ministro do Interior francês, Christophe Castaner.
Segundo um novo balanço divulgado pelo ministro do Interior, também se registaram 24 detenções relacionadas a essas manifestações, que por volta das 12h locais contavam com cerca de 124 mil participantes.
Em relação à vítima mortal, o Ministério precisou que era uma manifestante, com cerca de 60 anos, que morreu num acidente na cidade de Pont de Beauvoisin, no sudeste da França.
Ela foi atropelada por uma motorista que levava a filha ao médico e entrou em pânico, avançando sobre os manifestantes que tentavam evitar que o veículo prosseguisse a marcha, disse o Ministério do Interior francês.
Esta foi a primeira vítima dos protestos dos "coletes amarelos", que causaram, às primeiras horas deste sábado, perturbações na circulação rodoviária em alguns pontos de França, especialmente na periferia oeste de Paris e em ao menos três zonas do norte do país.
Os "coletes amarelos" são um movimento cívico à margem de partidos e sindicatos, criado espontaneamente nas redes sociais e alimentado pelo descontentamento da classe média baixa.
O protesto deste sábado pôs em alerta as forças de segurança e, segundo o canal BFM-TV, cerca de 3 mil agentes estão a postos em todo o país.
O governo em Paris decretou um aumento dos impostos dos combustíveis de 7,6 centavos de euro por litro para o diesel e de 3,9 centavos de euro para a gasolina e, a partir de janeiro, serão aplicadas taxas adicionais a esses produtos de 6 e de 3 centavos de euro, respetivamente.
Os "coletes amarelos", nome alusivo aos coletes sinalizadores refletivos, obrigatórios a ter no interior dos veículos, têm o apoio de 74% da população francesa, segundo uma sondagem divulgada na sexta-feira passada.
CA/rtr/lusa/dpa
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