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Presidente da Itália deve renunciar em breve, diz premiê

13 de janeiro de 2015

No Parlamento Europeu, primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, confirma que Giorgio Napolitano deixará o posto "nas próximas horas". Renúncia abrirá delicado processo político para nomeação de um novo chefe de Estado.

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Foto: Getty Images/I. Gavan

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, confirmou nesta terça-feira (13/01) que o presidente da Itália, Giorgio Napolitano (foto acima), renunciará ao mandato "nas próximas horas".

"Gostaria que saudássemos Napolitano, um europeísta convicto que, em algumas horas, deixará seu posto [...] e que enfrentou as dificuldades na Itália com inteligência e sabedoria", disse Renzi, em um discurso ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França.

A renúncia abrirá um delicado processo político para a nomeação de um novo chefe de Estado. A eleição para um novo presidente deve começar no fim de janeiro. Possíveis candidatos à sucessão de Napolitano incluem o ex-primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, e o ex-premiê italiano, Giuliano Amato.

Em dezembro, o presidente de 89 anos havia dito que gostaria de renunciar por causa de problemas de saúde relacionados à sua idade, porém sem anunciar uma data exata. Era esperado que Napolitano o fizesse nesta terça-feira, dia do término da presidência italiana de seis meses do Conselho da União Europeia (UE).

Em 2013, concordou relutante em ficar por mais um mandato

Napolitano, um membro de longa data do Partido Comunista Italiano (PCI), foi eleito presidente do país em 2006 pelo partido Democratas de Esquerda. Em abril de 2013, ele relutantemente concordou em permanecer por mais um segundo mandato, após uma série de votações frustradas no Parlamento italiano não ter conseguido definir um novo presidente.

Na época, a candidatura de Napolitano havia sido solicitada por Pier Bersani, líder da aliança de centro-esquerda, pelo ex-premiê Silvio Berlusconi, então líder do partido de centro-direita Povo da Liberdade (PdL) e também pelo ex-premiê, Mario Monti.

Na Itália, o presidente é eleito pelos membros da Câmara dos Deputados, Senado e representantes das regiões para um mandato de sete anos. O voto é secreto. O presidente italiano é responsável pelos processos de mediação política e não exerce funções governamentais.

PV/afp/rtr/dpa