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Polícia do Haiti diz que comando colombiano matou presidente

9 de julho de 2021

Grupo suspeito de estar por trás do assassinato de Jovenel Moïse era formado por 28 pessoas, incluindo 26 colombianos e dois americanos de origem haitiana, e 17 foram detidas, afirma a polícia.

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Mural do presidente Jovenel Moïse em Porto Príncipe
Policiais caminham em frente a um mural do presidente assassinadoFoto: Joseph Odelyn/AP/picture alliance

A polícia do Haiti afirmou nesta quinta-feira (08/07) ter identificado 28 pessoas que são suspeitas de participar do assassinato do presidente Jovenel Moïse, ocorrido na véspera. Elas são 26 colombianos e dois americanos de origem haitiana.

Dezessete suspeitos, incluindo 15 colombianos e os dois americanos, já foram detidos, e oito continuam sendo procurados. Os demais suspeitos morreram em trocas de tiros com as forças de segurança, disse o diretor-geral da polícia, Leon Charles.

Inicialmente a polícia afirmara que quatro suspeitos haviam sido mortos, mas mais tarde o número foi reduzido para três, sem mais explicações.

Segundo as autoridades, seis suspeitos foram detidos nas horas seguintes ao atentado, e outros 11 foram presos na embaixada de Taiwan, cujo pátio haviam invadido na manhã desta quinta-feira.

A polícia haitiana afirmou que o comando que matou o presidente era composto sobretudo por soldados colombianos aposentados. O governo da Colômbia confirmou que ao menos seis suspeitos aparentam ser militares aposentados do país e acrescentou que vai colaborar com as investigações.

Ainda não está claro quem ordenou o assassinato e nem por que motivos.

Plano seria sequestro e não morte

Um dos detidos revelou que os colombianos que participaram do assassinato chegaram ao país há três meses.

A informação foi repassada ao jornal Le Nouvelliste pelo juiz Clément Noël, que interrogou os dois americanos, James Solages e Joseph Vincent, ambos de origem haitiana.

Ambos disseram ao juiz que foram contratados como intérpretes e que viram a vaga na internet. A missão do grupo, segundo eles, seria "prender o presidente como parte da execução de um mandado judicial" e não matá-lo.

Solages afirmou que havia chegado ao Haiti há um mês, e Vincent contou que estava no país há seis meses.

O presidente do Haiti foi morto a tiros por um grupo armado que invadiu a residência dele em Porto Príncipe no início da madrugada desta quarta-feira. A primeira dama Martine Moïse sobreviveu ao atentado e foi levada para tratamento na Flórida.

as/lf (Efe, Lusa, AFP)