Ativista de Belarus e iraniana presa levam Nobel alternativo
1 de outubro de 2020Um proeminente oposicionista de Belarus e uma advogada iraniana de direitos humanos presa estão entre os ganhadores do Right Livelihood Award de 2020, conhecido como o "Nobel Alternativo", juntamente com ativistas de Nicarágua e dos Estados Unidos.
Ole von Uexküll, diretor da Right Livelihood, fundação sueca que concede o prêmio, afirmou nesta quinta-feira (01/10) que a homenagem "destaca o aumento das ameaças à democracia em todo o mundo. Já é hora de todos nós, que apoiamos a democracia em todo o mundo, nos levantarmos e apoiarmos mutuamente.''
A fundação sediada em Estocolmo premia o ativista de direitos humanos Ales Bialiatski, de 58 anos, e a organização não governamental de direitos humanos Viasna, dirigida por ele, "por sua luta resoluta pela realização da democracia e dos direitos humanos em Belarus".
Em 2014, Bialiatski foi libertado antes do previsto da prisão após mais de três anos no cárcere. Ele fora condenado a quatro anos e meio de prisão em novembro de 2011, por sonegação fiscal. Governos ocidentais criticaram o julgamento como de cunho político.
Nomeado para o Nobel da Paz em 2012, ele recebeu uma série de prêmios internacionais enquanto estava preso. Sua ONG Viasna forneceu assistência jurídica a milhares de ativistas presos por desafiarem o governo do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
A advogada iraniana Nasrin Sotoudeh, que defendeu ativistas, políticos da oposição e mulheres processadas por removerem seus véus islâmicos da cabeça, merece o prêmio "por seu ativismo destemido, sob grande risco pessoal, para promover as liberdades políticas e os direitos humanos no Irã''.
No início deste mês, Sotoudeh foi transferida de uma cela de prisão para um hospital ao norte de Teerã, após uma greve de fome por melhores condições nas prisões e pela libertação de presos políticos em meio à pandemia. Desde então, ela encerrou sua greve de fome, que começou em meados de agosto.
Um proeminente oposicionista de Belarus e uma advogada iraniana de direitos humanos presa estão entre os ganhadores do Right Livelihood Award de 2020, conhecido como o "Nobel Alternativo", juntamente com ativistas de Nicarágua e dos Estados Unidos.
Ole von Uexküll, diretor da Right Livelihood, fundação sueca que concede o prêmio, afirmou nesta quinta-feira (01/10) que a homenagem "destaca o aumento das ameaças à democracia em todo o mundo. Já é hora de todos nós, que apoiamos a democracia em todo o mundo, nos levantarmos e apoiarmos mutuamente.''
A fundação sediada em Estocolmo premia o ativista de direitos humanos Ales Bialiatski, de 58 anos, e a organização não governamental de direitos humanos Viasna, dirigida por ele, "por sua luta resoluta pela realização da democracia e dos direitos humanos em Belarus".
Em 2014, Bialiatski foi libertado antes do previsto da prisão após mais de três anos no cárcere. Ele fora condenado a quatro anos e meio de prisão em novembro de 2011, por sonegação fiscal. Governos ocidentais criticaram o julgamento como de cunho político.
Nomeado para o Nobel da Paz em 2012, ele recebeu uma série de prêmios internacionais enquanto estava preso. Sua ONG Viasna forneceu assistência jurídica a milhares de ativistas presos por desafiarem o governo do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
A advogada iraniana Nasrin Sotoudeh, que defendeu ativistas, políticos da oposição e mulheres processadas por removerem seus véus islâmicos da cabeça, merece o prêmio "por seu ativismo destemido, sob grande risco pessoal, para promover as liberdades políticas e os direitos humanos no Irã''.
No início deste mês, Sotoudeh foi transferida de uma cela de prisão para um hospital ao norte de Teerã, após uma greve de fome por melhores condições nas prisões e pela libertação de presos políticos em meio à pandemia. Desde então, ela encerrou sua greve de fome, que começou em meados de agosto.
Sotoudeh, de 57 anos, foi presa em 2018 sob a acusação de espionagem e propaganda contra o governo do Irã, tendo sido condenada no ano seguinte a 33 anos de prisão e 148 chicotadas.
Outro ganhador deste ano é o advogado de direitos civis dos Estados Unidos Bryan Stevenson, de 60 anos, conhecido por sua luta contra a discriminação racial na Justiça americana e a favor dos condenados à pena de morte, "por seus esforços inspiradores para reformar o sistema de Justiça criminal dos EUA e avançar na reconciliação racial, em face do trauma histórico.''
A quarta vencedora é a ativista de direitos humanos e ambientalista nicaraguense Lottie Cunningham Wren, de 61 anos "por sua dedicação incessante à proteção das terras e comunidades indígenas contra a exploração e a pilhagem".
Os vencedores recebem, cada um, um prêmio em dinheiro no valor de 1 milhão de coroas suecas (cerca de R$ 632 mil) e serão homenageados em 3 de dezembro, durante uma cerimônia de premiação virtual.
"Desafiando sistemas jurídicos injustos e regimes políticos ditatoriais, eles fortalecem com sucesso os direitos humanos, capacitam as sociedades civis e denunciar abusos institucionais'', disse Von Uexküll, que é sobrinho do fundador da Right Livelihood.
Criada em 1980, a fundação premia anualmente os esforços na área de direitos humanos, direitos civis, meio ambiente e liberdade de imprensa, que o fundador do prêmio, o filantropo sueco-alemão Jakob von Uexküll, acreditava estarem sendo ignorados pelos prêmios Nobel.
Em 2019, o líder indígena brasileiro Davi Kopenawa e a ambientalista sueca Greta Thunberg estiveram entre os vencedores da homenagem, além da marroquina Aminatou Haidar e a advogada chinesa Guo Jianmei.
MD/ap/afp