ONU pretende enviar observadores à Síria
12 de abril de 2012Uma missão de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) poderia ser acordada pelo Conselho de Segurança da instituição nesta sexta-feira (13/04). Não há qualquer oposição à proposta, informou o mais poderoso grêmio de diplomatas da ONU em Nova York nesta quinta-feira (12/04).
O enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, havia pedido pela missão durante uma conversa por vídeo. Especialistas deverão supervisionar o cessar-fogo, que entrou em vigor nesta quinta-feira.
A Rússia e a China, que até então haviam vetado as ações do Conselho de Segurança contra a Síria, agora apoiam o envio da missão. "É preciso haver alguém supervisionando o cessar-fogo imediatamente", disse o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin. A Rússia espera que observadores internacionais já estejam na Síria a partir da semana que vem, completou.
Um grupo de 20 especialistas poderia partir imediatamente. A ONU já estava preparando uma missão do tipo há semanas. Pelo menos uma equipe de reconhecimento deve poder dar início aos trabalhos assim que o Conselho emitir uma resolução.
Em uma videoconferência, o presidente norte-americano, Barack Obama, e o colega francês de pasta, Nicolas Sarkozy, concordaram em prosseguir o apoio para que o governo sírio cumpra o plano de paz apresentado por Annan. "O regime será julgado por seus atos", informou Sarkozy em declaração.
Em um acordo com seus parceiros árabes, Obama e Sarkozy pretendem contribuir para que a opressão dos sírios chegue ao fim, a ajuda humanitária seja possibilitada e a população do país possa decidir livremente sobre seu destino.
G8 e Alemanha
Após o início bem sucedido do cessar-fogo na Síria nesta quinta-feira (12/04), as sete maiores potências industrializadas e a Rússia – que compõem o G8 – veem novas possibilidades de uma solução para os conflitos na Síria.
"Saudamos o início do cessar-fogo", declarou o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, ao final da reunião desta quinta-feira em Washington. "Queremos soluções políticas", disse.
Ao mesmo tempo, o grupo pronunciou-se sobre o envio de uma equipe de reconhecimento à Síria, que deverá dar o aval para uma missão internacional de observadores comandada pela ONU. Neste sentido, a Alemanha estará entre os países que "apressam e pressionam", disse Westerwelle. O político deixou em aberto se soldados alemães participarão da missão.
LPF/dpa/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer