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OMS anuncia fim de emergência mundial por zika

19 de novembro de 2016

Após nove meses, Organização Mundial de Saúde declara fim de situação, mas ressalta que epidemia do vírus ainda é prioridade. Brasil decide manter declaração de emergência nacional em saúde pública.

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Mosquito Aedes aegypti
Mosquito Aedes aegyptiFoto: picture alliance/dpa/AP Photo/F. Dana

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (18/11) que a epidemia de zika deixou de constituir uma emergência sanitária de alcance internacional. O surto do vírus afetou mais de 75 países no período de um ano.

"O vírus zika continua sendo um problema extremamente importante a longo prazo, mas já não é uma emergência de saúde pública de alcance mundial", declarou David Heymann, presidente do Comitê de Emergências da OMS. 

A emergência foi declarada em 1º de fevereiro após um aumento extraordinário de casos de microcefalia em recém-nascidos relacionados com a infecção pelo vírus. Cerca de 30 países relataram casos de bebês nascidos com má-formação cerebral devido ao zika.

A OMS afirmou que irá desenvolver uma abordagem de longo prazo no combate ao zika. O comitê destacou que a epidemia ainda é uma prioridade para a entidade. "Não estamos diminuindo a importância do vírus", ressaltou Peter Salama, diretor de programas de emergência da organização.

Brasil mantém emergência

Pouco antes do anúncio da OMS, o Ministério da Saúde decidiu nesta sexta-feira manter a emergência nacional em saúde pública devido ao vírus. A entidade internacional avaliou a decisão brasileira como apropriada.

"O Brasil vai manter a situação de emergência, porque as consequências da microcefalia são muito graves. Nós entendemos que, como somos o país com maior incidência, devemos manter ampla vigilância para dar segurança à população", disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. No fim de novembro do ano passado, foi confirmado que a infecção de gestantes pode causar microcefalia no feto. Ao todo, 2.016 recém-nascidos no Brasil tiveram má-formação cerebral associada ao vírus.

CN/lusa/efe/rtr/afp/abr