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Zika sobrevive por oito horas em determinadas superfícies

16 de novembro de 2016

Estudo revela que vírus sobrevive fora do organismo e continua altamente contagioso. Descoberta mostra que zika pode ser transmitido por agulhas e pelo contato com cortes abertos na pele.

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Vírus zika
Vírus zikaFoto: Reuters/Centers for Disease Control

O vírus zika pode sobreviver por até oito horas fora do organismo, revelou um estudo divulgado nesta terça-feira (15/11) pela Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos (AAPS). Dessa maneira, pesquisadores afirmaram que o agente infeccioso pode ser transmitido pelo ambiente, por exemplo, por agulhas contaminadas ou pelo contato do vírus com cortes abertos na pele.

Segundo os pesquisadores, o vírus permanece altamente contagioso no ambiente por oito horas e sobrevive em superfícies duras e não porosas. Porém, desinfetantes comuns seriam extremamente eficazes para matá-lo.

"O zika pode sobreviver em superfícies duras e não porosas por até oito horas e, possivelmente, mais se o ambiente tiver sangue. A notícia boa é que desinfetantes comuns, como o álcool isopropílico, são eficazes para matar o vírus nesse tipo de ambiente e em apenas 15 segundos", disse o autor do estudo, Steve Zhou, diretor de virologia e biologia molecular nos Laboratórios Microbac, em Pittsburgh.

O estudo mostrou ainda que a água sanitária e o ácido paracético também são eficazes para eliminar o zika. No entanto, quando o vírus está em contato com sangue, as duas substâncias perdem esse efeito. O pesquisador destacou que a descoberta é importante para pesquisadores e profissionais de saúde

Até o momento, foi registrado apenas um caso de zika transmitido em laboratório de coleta de sangue, afirmou o estudo. O vírus é transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti ou por relação sexual. 

O zika é associado a casos de microcefalia em recém-nascidos. No Brasil, mais de 1,8 mil casos da má-formação cerebral em bebês estão relacionados ao vírus. O país foi o mais afetado pelo recente surto de zika. A doença se espalhou pela América Latina e recentemente chegou ao Sudeste Asiático.

CN/ots