Nobel de Química para criadores da bateria de íons de lítio
9 de outubro de 2019O Prêmio Nobel de Química de 2019, anunciado nesta quarta-feira (09/10) pela Academia Real de Ciências da Suécia, foi para um trio de pesquisadores que desenvolveu as baterias de íons de lítio.
Os laureados são o americano John Bannister Goodenough, o britânico Michael Stanley Whittingham e o japonês Akira Yoshino. Segundo o Comitê do Nobel, os dispositivos que os três ajudaram a desenvolver com suas pesquisas "revolucionaram nossas vidas" e a tecnologia.
"Essa bateria leve, recarregável e potente é agora amplamente utilizada, desde telefones celulares e notebooks a veículos elétricos, [...] e pode armazenar quantidade significativa de energia solar e eólica, tornando possível uma sociedade livre de combustíveis fósseis", afirmaram os jurados da Academia.
Nascido em 1922 em Jena, na Alemanha, Goodenough se tornou o laureado de idade mais avançada a receber o Nobel em qualquer categoria, segundo a Academia. Aos 97 anos, ele é apenas alguns meses mais velho do que o americano Arthur Ashkin, vencedor do Nobel de Física no ano passado.
A primeira bateria funcional de íons de lítio foi desenvolvida pelo britânico Whittingham no início dos anos 1970. Goodenough dobrou seu potencial na década seguinte, e o japonês Yoshino eliminou o lítio puro da bateria nos anos 1990, fazendo com que sua utilização se tornasse mais segura.
O trio de cientistas irá dividir a premiação de 9 milhões de coroas suecas (cerca de 3,7 milhões de reais) que será entregue em cerimônia em Estocolmo em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel, criador do prêmio, juntamente com os vencedores de outras cinco categorias. No mesmo dia, será entregue o Nobel da Paz em Oslo.
Nesta semana, a Academia sueca revelou os nomes dos vencedores do Nobel de Medicina e de Física. Na quinta feira, serão anunciados os prêmios de Literatura de 2018 e 2019.
As duas premiações ocorrerão em conjunto em razão da suspensão do prêmio no ano passado. O motivo foi um escândalo envolvendo denúncias de 18 mulheres sobre abusos cometidos por Jean-Claude Arnault, artista francês vinculado à Academia por meio de seu clube literário e marido de um de seus membros, Katarina Frostenson, além de crimes financeiros que abalaram o órgão.
O Nobel da Paz será conhecido na sexta-feira. A última premiação do ano será em 14 de outubro com a atribuição do Nobel de Economia.
RC/afp/ap/dpa
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