Nobel de Medicina premia pesquisa sobre oxigênio nas células
7 de outubro de 2019O Nobel de Medicina de 2019 premiou um trio de cientistas que realizou uma pesquisa sobre a forma como as células se adaptam à disponibilidade de oxigénio, anunciou nesta segunda-feira (07/10) o Instituto Karolinska de Estocolmo
Os vencedores são os americanos William Kaelin e Gregg Semenza e o britânico Peter Ratcliffe, que vão dividir a premiação de 9 milhões de coroas suecas (cerca de 3,7 milhões de reais).
Segundo o Comité do Nobel, os três cientistas conseguiram "identificar o maquinário molecular que regula a atividade dos genes na resposta às variações de oxigénio". Os pesquisadores estabeleceram a base para a compreensão de como os níveis de oxigénio afetam o metabolismo celular e a função fisiológica, o que "abre caminho para o desenvolvimento de novas estratégias para combater a anemia, o câncer e muitas outras doenças".
"A importância fundamental do oxigénio é conhecida há séculos, mas o processo de adaptação das células às variações dos níveis de oxigénio era um mistério", prosseguiu o comitê.
O nova-iorquino William Kaelin, de 61 anos, é especialista em medicina interna e oncologia e trabalha no Instituto Médico Howard Hughes. O também nova-iorquino Gregg Semenza, de 63 anos, é pediatra do Programa de Pesquisa Vascular do Instituto Johns Hopkins de Engenharia Celular. O britânico Peter Ratcliffe, de 65 de anos, é especialista em nefrologia do Instituto Francis Crick, em Londres, e diretor do Instituto Target Discovery em Oxford.
Esta é a primeira premiação do Nobel anunciada em 2019. Nesta terça-feira, será a vez do prêmio da área da Física e, na quarta-feira, o de Química. No dia 10, serão anunciados os prêmios de Literatura de 2018 e 2019 e na sexta-feira, o Nobel da Paz. A última premiação do ano será no dia 14 de outubro com a atribuição do Nobel de Economia.
Os dois Prêmios Nobel de Literatura relativos a 2018 e 2019 serão anunciados em conjunto após a premiação ter sido suspensa no ano passado em razão de escândalo envolvendo denúncias de 18 mulheres de abusos cometidos por Jean-Claude Arnault, artista francês vinculado à academia através de seu clube literário e marido de um de seus membros, Katarina Frostenson, além de crimes financeiros que abalaram a Academia de Estocolmo.
RC/lusa/afp
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