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Microsoft usa inteligência artificial para turbinar o Bing

8 de fevereiro de 2023

Novas versões do mecanismo de busca e do navegador Edge serão desenvolvidas em colaboração com empresa que criou o ChatGPT.

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Logos da Microsoft e ChatGPT
Empresa que desenvoleu ChatGPT é financiada pela MicrosoftFoto: Andre M. Chang/ZUMA/picture alliance

A Microsoft anunciou nesta terça-feira (07/02) que seu mecanismo de busca Bing e seu navegador EdgeWeb terão uma versão assistida por inteligência artificial (IA). O anúncio sinaliza que a gigante da tecnologia quer retomar a liderança num campo do mercado tecnológico em que acabou ultrapassada pela Google.

A mudança ocorrerá por meio de uma colaboração com a OpenAI, a empresa que criou a ferramenta ChatGPT, com a qual os utilizadores podem procurar respostas específicas, conversar com a IA e pedir "inspiração". A OpenAI recebeu investimentos da Microsoft.

Na sede da Microsoft, em Redmond, nos EUA, o diretor executivo Satya Nadella disse que a inteligência artificial agora é um "copiloto" para navegar na internet, e que irá "remodelar praticamente todas as categorias de software".

O CEO e cofundador da OpenAI, Sam Altman, afirmou que as duas empresas trabalham em conjunto há três anos e que esta nova versão do Bing ajudará os usuários a serem "mais produtivos" e a melhorarem a sua "qualidade de vida".

Parceira com ChatGPT

A empresa criada por Bill Gates e dirigida por Satya Nadella mostrou a um grupo de jornalistas como funcionará a nova versão do seu mecanismo de busca, que pode oferecer informações que não estão na web, como, por exemplo, dizer a um usuário se um móvel pode caber em um modelo específico de veículo.

Outra novidade é que a IA do Bing pode citar as fontes da informação que oferece, uma característica importante, já que até agora o ChatGPT não indicava de onde vinha a sua informação, a não ser que fosse especificamente requisitado a fazê-lo. Um chatbot pode ainda ajuda usuários a refinar mais as pesquisas e fornecer resultados mais relevantes e atualizados.

Na nova seção de chat do Bing, os usuários poderão fazer perguntas de até 2.000 caracteres. Além de perguntas sobre o conteúdo da web, a IA poderá também analisar o conteúdo de um PDF e compará-lo com informação externa.

Na seção "obter inspiração criativa", a empresa mostrou como o Bing pode criar perguntas que testam o conhecimento em diversos campos e até ajudar escritores.

A Microsoft anunciou um investimento bilionário na OpenAI em janeiro e planeja agora utilizar a sua tecnologia para desafiar o domínio do Google na pesquisa na internet. A parcela de pesquisa da Microsoft até agora é de apenas um décimo do mercado.

O robô inteligente

Lançado em 30 de novembro de 2022, o ChatGPT logo causou alvoroço, gerando um debate sobre o futuro desse tipo de tecnologia na educação e em uma série de profissões. O robô inteligente levou apenas alguns dias para viralizar e em poucas semanas já havia sido testado por milhões de usuários.

A ferramenta permite diálogos em diversos idiomas sobre praticamente qualquer assunto, de maneira aparentemente natural, com respostas para inúmeras perguntas, além da criação de conteúdo.

Advogados, engenheiros, jornalistas e outros profissionais se perguntam se esse tipo de inteligência artificial poderia substituí-los.

Correndo atrás do prejuízo

O anúncio da Microsoft ocorreu um dia após a Google afirmar que irá lançar um sistema de chat baseado em inteligência artificial, o Bard, que deverá rivalizar com o ChatGPT.

O serviço de chat inteligente será alimentado por LaMDA, que significa Language Model for Dialogue Applications (modelo de linguagem para aplicativos de diálogo, em inglês). LaMDA é a própria inteligência artificial da Google com poder de gerar diálogo semelhante ao humano.

Antes do lançamento do ChatGPT em novembro, a Google relutava em avançar em IA baseada em linguagem, em meio a temores generalizados de uma tecnologia que não estaria pronta.

cn/lf (Efe, Reuters)