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Metade dos alemães já presenciou assédio sexual no trabalho

3 de março de 2015

Pesquisa indica que grande parte dos homens e mulheres já foi vítima ou observou alguma situação constrangedora no ambiente de trabalho, mas muitos não sabiam se tratar de uma forma de assédio definida por lei.

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Foto: michaeljung/Fotolia

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (03/03) pela Agência Federal Antidiscriminação da Alemanha aponta que 49% das mulheres e 56% dos homens entrevistados já foram vítimas ou observaram alguma forma de assédio sexual no local de trabalho. No entanto, somente 17% das mulheres e 7% dos homens disseram saber que tais situações vivenciadas por eles eram definidas por lei como assédio.

Segundo a lei alemã, piadas, frases ou toque com conotação sexual, assim como mostrar imagens pornográficas, são formas de assédio sexual. Além de ignorar tais definições e direitos de proteção garantidos pela lei, mais de 70% dos entrevistados disseram não conhecer um interlocutor responsável pelo assunto no local de trabalho.

Quase 20% das mulheres entrevistadas admitiu ter sido tocada por colegas sem o seu consentimento, enquanto 12% dos homens relataram um contato corporal indesejado.

Além disso, a pesquisa mostra que o assédio sexual é percebido de forma diferente por homens e mulheres. Para 13% dos homens entrevistados, observações como "Sente-se no meu colo" não são uma forma de assédio. Isso é válido também para 8% das mulheres consultadas.

"Entre as vítimas femininas de assédio sexual existe cada vez mais um abismo hierárquico entre o agressor e a vítima", afirma o cientista social Frank Faulbaum, do instituto de pesquisa de opinião da Universidade de Duisburg. Já entre os homens, o assédio sexual acontece, sobretudo, no mesmo nível hierárquico, segundo o estudo.

Os resultados da pesquisa serão encaminhados a uma comissão de especialistas encarregada de propor mudanças na lei e outras medidas contra o assédio sexual no local de trabalho. As propostas devem ser apresentadas até dezembro deste ano.

CA/afp/dpa