Membros da AfD querem fechar mesquitas na Baviera
30 de março de 2016Membros do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) na Baviera querem proibir a "construção e operação" de mesquitas, segundo publicada nesta quarta-feira (30/03) a imprensa alemã. "O islã não pertence à Alemanha", segundo texto redigido por membros da sigla no estado do sul da Alemanha.
Mais de 30 jornais pertencentes ao grupo de mídia Redaktion Netzwerk Deutschland (RND) informaram que o esboço de um programa do partido da região da Baixa Baviera propõe a "proibição da construção e operação de mesquitas". A AfD tem agendada uma convenção partidária em Stuttgart no final de abril para discutir novas políticas.
Intitulado Coragem para assumir responsabilidade, a proposta de programa de governo afirma que mesquitas são favoráveis não só para a oração em comum, mas também "para a disseminação dos ensinamentos islâmicos voltados para a remoção da ordem jurídica" na Alemanha.
Ainda segundo o documento, o Alcorão difunde "mentiras e enganos", e o islã "já chegou, em sua rota declarada para dominação mundial, a 57 de 190 países".
De acordo com a proposta da AfD, quando os autores da Constituição alemã definiram a liberdade de religião, não levaram em consideração que uma religião possa incitar o crime e tente "dominar o mundo."
O RND informou que uma ala mais à direita do AfD, chamada Der Flügel (a asa) foi responsável pela proposta. De acordo com o site do grupo, entre seus membros estão o líder da AfD do estado de Saxônia-Anhalt, Andre Poggenburg, o líder estadual da legenda na Turíngia, Björn Höcke, o vice-presidente do partido em Brandemburgo, Andreas Kalbitz, e o membro do conselho de direção da AfD na Saxônia, Hans-Thomas Tillschneider.
Embora admitindo que sabia da proposta, o líder do partido na Baviera, Petr Bystron, afirmou que o texto é uma contraproposta de membros da legenda que não concordam com a liderança do partido.