LHC está de volta
21 de novembro de 2009O maior acelerador de partículas do mundo, batizado de Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), foi reativado na tarde desta sexta-feira (20/11) após ficar 14 meses parado, informou o Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês).
"Os primeiros ensaios de injeção de feixes de prótons começaram por volta das 16h [horário local]", afirmou o porta-voz do Cern, James Gillies. Ele precisou que tais injeções tiveram duração de uma fração de segundo, o suficiente para as partículas realizarem uma meia-volta ou mesmo uma volta no LHC.
Mais tarde, o diretor do Cern, Rolf-Dieter Heuer, disse que a experiência teve sucesso. "É fantástico ver os feixes circulando novamente no LHC. Ainda temos um caminho a percorrer, mas com esta pedra fundamental estamos na direção certa", afirmou.
Colisão de prótons
Localizada nas proximidades de Genebra, perto da fronteira da Suíça com a França, a gigantesca máquina foi inaugurada em 10 de setembro de 2008, depois de quase 20 anos de construção e custos de 3,9 bilhões de euros. Apenas nove dias depois, foi desligada devido a uma falha técnica.
Em 8 de outubro passado, o LHC alcançou sua temperatura operacional de -271 graus Celsius (1,9 grau Kelvin). As primeiras partículas foram lançadas na máquina no dia 23 de outubro, mas elas não circularam.
O LHC foi criado para colidir feixes de prótons uns contra os outros quase à velocidade da luz, dentro de um túnel circular subterrâneo de 27 quilômetros de comprimento. As primeiras colisões deverão ocorrer em cerca de uma semana, afirmou o Cern.
Big Bang
O objetivo é criar condições semelhantes às existentes logo após o Big Bang, a grande explosão que há 13,7 bilhões de anos deu origem ao universo.
Com a energia e luz liberadas pelas colisões de prótons, os cientistas esperam comprovar a existência de particulares elementares nunca observadas, mas cuja existência é prevista em teoria. Entre elas está o bóson de Higgs, que ajudaria a explicar como a matéria está associada à massa.
AS/dpa/rtr/afp/lusa
Revisão: Carlos Albuquerque