Líderes ressaltam legado de Helmut Schmidt para a Europa
10 de novembro de 2015A morte do ex-chanceler federal Helmut Schmidt nesta terça-feira (10/11), aos 96 anos, causou comoção dentro e fora da Alemanha, entre políticos de todas as correntes. Lideranças lembraram principalmente a contribuição do social-democrata para a União Europeia. O presidente francês, François Hollande e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, foram algumas das personalidades que lamentaram a morte do ex-chefe de governo.
Angela Merkel, chanceler federal alemã: "Helmut Schmidt era uma instituição política dessa república. Também para mim ele era uma instância, cujo conselho e opinião significavam algo."
François Hollande, presidente da França: "Um grande Europeu nos deixou, um homem que, na oposição e no governo, sempre representou os interesses europeus. Se hoje existe o euro, isso é também graças a Helmut Schmidt."
Valery Giscard d'Estaing, presidente da França de 1974 a 1981: "Ele foi o melhor chanceler que a Alemanha conheceu depois de Konrad Adenauer e restaurou a dignidade externa de seu grande país."
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia: "Ele era um amigo que fará falta, tanto a mim quanto à Europa. Helmut Schmidt se destacou por uma coragem especial: a coragem de pensar no futuro. Ele atuou com mais paixão do que muitos outros pela integração do continente, também porque ele sempre entendeu que temos que ficar unidos se quisermos desempenhar um papel no mundo."
Hans-Dietrich Genscher, ex-ministro do Exterior da Alemanha: "Para mim, a morte de Helmut Schmidt é o adeus a um companheiro de tempos difíceis."
Joachim Gauck, presidente da Alemanha: "Seu modo de agir decisivo em situações difíceis, sua capacidade de reconhecer e moldar o que é viável e também a sua capacidade de fazer acordos, seu compromisso com a defesa dos países livres da Europa em tempos de ameaça – tudo isso vem à minha mente e à mente de muitas pessoas em nosso país nesta hora de luto."
Frank-Walter Steinmeier, ministro do Exterior da Alemanha: "Nós, alemães, perdermos uma figura paterna. Gerações, eu inclusive, apreciaram e seguiram sua sabedoria e autoridade."
Werner Faymann, chanceler federal da Áustria: "Com a morte de Helmut Schmidt, perdemos um político que só aparece uma vez no século, que deixou sua marca na Alemanha e na Europa como um todo."
Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu: "A morte de Helmut Schmidt marca uma ruptura para a Alemanha e para a Europa".
Sigmar Gabriel, vice-chanceler federal da Alemanha: "Morreu um patriota verdadeiramente grande, um grande europeu e um grande social-democrata. Acredito que o seu legado é a Europa."
MD/dpa/rtr/epd/afp