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Justiça alemã confirma multa para líder do Pegida

30 de novembro de 2016

Lutz Bachmann, fundador do movimento anti-islã, foi condenado a pagar 9,6 mil euros por incitação ao ódio por meio de comentários no Facebook. Ele usou termos como "gado" e "escória" para se referir a refugiados.

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Lutz Bachmann
Foto: picture-alliance/dpa

O Tribunal Regional de Dresden decidiu nesta quarta-feira (30/11) manter uma multa imposta ao líder e fundador do movimento anti-islâ Pegida, Lutz Bachmann, por incitação ao ódio, após ele se referir aos refugiados no país como "gado", "trastes" e "escória".

Em maio deste ano, o tribunal havia condenado Bachmann, de 43 anos, a pagar uma multa diária de 80 euros por um período de 120 dias, totalizando 9,6 mil euros. A pena e o valor foram mantidos.

A promotoria havia apresentado um recurso contra a decisão, pedindo uma pena de prisão para o líder do Pegida por considerar que suas declarações seriam maldosamente sarcásticas e acusando-o de incitar o ódio contra estrangeiros, perturbar a ordem pública e atacar a dignidade dos refugiados. O recurso foi negado.

Inicialmente, a defesa argumentou que as controversas declarações feitas pelo líder do Pegida no Facebook no ano passado seriam obra de outra pessoa, e pediam sua absolvição. Apenas recentemente ele confessou a autoria dos comentários.

Bachmann não estava presente durante a sessão do Tribunal Regional desta quarta-feira. Há meses ele vive na ilha espanhola de Tenerife, mas costuma viajar com regularidade para os eventos do Pegida em Dresden.

A cidade, porém, o proibiu de coordenar as manifestações. Ele enfrenta resistência também no local onde escolheu viver. O Parlamento de Tenerife o declarou recentemente como persona non grata.

O movimento Pegida se opõe à política migratória do governo da chanceler federal Angela Merkel, realizando protestos semanais contra o que consideram uma "islamização" da sociedade alemã.

Bachmann utiliza com frequência as redes sociais para propagar as mensagens anti-islã do Pegida, classificando os refugiados de "invasores criminosos" e acusando a "imprensa mentirosa" de agir em conluio com o governo para promover uma versão romantizada do multiculturalismo.

Quando fez os comentários no Facebook, o líder do Pegida estava em liberdade condicional. Ele possui registros policiais por crimes como furto qualificado, tráfico de cocaína, dirigir embriagado e por não pagar pensão alimentícia.

RC/dpa/afp/epd