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Juncker chama Parlamento Europeu de ridículo

4 de julho de 2017

Irritado por apenas um pequeno número de deputados ter comparecido a um debate sobre a presidência maltesa da UE, presidente da Comissão Europeia critica instituição legislativa.

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Jean-Claude Juncker critica eurodeputados em Estrasburgo
"Parlamento deve respeitar também presidências dos países menores", afirmou JunckerFoto: picture-alliance/AP Photo/EBS

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, chamou de ridículo o Parlamento Europeu nesta terça-feira (04/07), durante um debate em sessão plenária do qual participaram algumas poucas dezenas dos 751 eurodeputados.

Juncker, que é conhecido por seu estilo direto, estava irritado por encontrar apenas um pequeno grupo de eurodeputados no plenário de Estrasburgo para ouvir o relatório sobre os seis meses de presidência da União Europeia ocupados por Malta, o menor membro do bloco.

"O Parlamento Europeu é ridículo, totalemente ridículo. Eu saúdo os que fizeram o esforço de aparecer, mas o fato de haver só 30 deputados presentes neste debate demonstra claramente que este parlamento não é sério", disse Juncker.

O líder do executivo comunitário salientou ainda que, se em vez do primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, estivesse na sala a chanceler federal alemã, Angela Merkel, ou o presidente francês, Emmanuel Macron, haveria casa cheia.

A intervenção de Juncker foi imediatamente criticada pelo presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani. "O senhor pode criticar o Parlamento, mas não é a Comissão Europeia que controla o Parlamento. É o Parlamento que controla a Comissão Europeia."

Juncker respondeu: "Mas há apenas uns poucos membros no plenário para controlar a Comissão. Vocês são ridículos!"

"Senhor presidente, eu lhe peço para usar uma linguagem diferente. Nós não somos ridículos", rebateu Tajani.

Juncker encerrou a discussão dizendo que "nunca mais" vai participar de "uma reunião como esta". "O Parlamento deve respeitar também as presidências dos países menores, o que não está fazendo", comentou o presidente da Comissão Europeia.

Um porta-voz do Parlamento Europeu disse mais tarde que os dois líderes se reuniram e que Juncker pediu desculpas por suas palavras.

AS/lusa/afp