EUA sancionam chanceler da Venezuela
27 de abril de 2019O governo dos Estados Unidos impôs nesta sexta-feira (26/04) sanções contra o ministro do Exterior da Venezuela, Jorge Arreaza, e a juíza Carol Padilla, que é acusada de envolvimento na prisão de Roberto Marrero, chefe de gabinete do líder opositor Juan Guaidó, ocorrida em março deste ano.
"Os EUA não se manterão impassíveis enquanto o regime ilegítimo de Nicolás Maduro rouba a riqueza, a humanidade e o direito à democracia do povo venezuelano", declarou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em comunicado.
Como consequência das sanções, ficam congelados os ativos que os dois possuem nos EUA e, além disso, cidadãos e empresas americanas ficarem proibidos de realizar transações financeiras com eles.
Padilla foi acusada pelos EUA de envolvimento na prisão de Marrero durante uma operação policial de busca e apreensão. O governo de Maduro justificou a detenção alegando que o aliado de Guaidó lideraria uma suposta "célula terrorista" que planejava ataques seletivos para criar "caos".
Após o anúncio das sanções, Arreaza, chanceler da Venezuela desde 2017 e genro do ex-presidente Hugo Chávez (1999-2003), disse que este tipo de atitudes por parte dos EUA lhe dá ainda "mais força".
Washington vem impondo sanções severas contra o regime de Maduro. A pressão americana aumentou após Guaidó se autodeclarar presidente interino da Venezuela em 23 janeiro. Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer o oposicionista. A iniciativa foi seguida por mais de 50 nações.
As restrições americanas já atingiram altos funcionários do governo venezuelano, parentes do presidente e a petrolífera estatal venezuelana.
No poder desde 2013, Maduro foi reeleito em maio passado em votação não reconhecida por boa parte da comunidade internacional e que não contou com a participação da oposição. O regime chavista responsabiliza os Estados Unidos, devido às sanções impostas ao país, pela crise econômica, marcada pela falta de alimentos e medicamentos.
CN/efe/lusa/afp/ap
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