EUA dizem não haver dúvidas de que Rússia fez ciberataques
5 de janeiro de 2017O diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos (DNI, na sigla em inglês), James Clapper, afirmou nesta quinta-feira (05/01) que não há dúvidas de que a Rússia promoveu ciberataques para tentar interferir nas eleições presidenciais americanas, realizadas em novembro passado.
Moscou nega as acusações. O presidente eleito americano, Donald Trump, também pôs em dúvida as conclusões da agência de espionagem dos EUA.
Durante audiência no Comitê de Serviços Armados do Senado sobre os ataques atribuídas à Rússia, Clapper afirmou que o país quis interferir nas eleições não só com ciberataques, mas também com propaganda e desinformação para ajudar Trump a vencer as eleições presidenciais.
Clapper destacou que as primeiras conclusões das investigações, divulgadas em outubro, têm agora "mais firmeza". Clapper preferiu não avaliar se a ingerência russa influenciou o resultado das eleições.
Numa declaração conjunta entrega ao comitê, Clapper, o subsecretário de Defesa para Inteligência, Marcel Lettre, e o diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA), Mike Rogers, afirmam que a Rússia é um "ator cibernético" que representa uma "grande ameaça" ao governo e à infraestrutura militar, diplomática e comercial dos EUA.
"Avaliamos que só funcionários do mais alto escalão na Rússia poderiam ter autorizado os recentes roubos e revelações centrados nas eleições", afirmaram. Na semana passada, o presidente Barack Obama impôs sanções diplomáticas e econômicas à Rússia em represália aos ciberataques.
Trump irá se reunir nesta sexta-feira com responsáveis pelos serviços de inteligência para tomar conhecimento sobre detalhes da espionagem russa.
KG/efe/ap