Enquete de DW-WORLD: Brasileiros não apóiam moeda única no Mercosul
9 de janeiro de 2002Na primeira semana de 2002, doze países da União Européia viveram momentos históricos. No dia 1º de janeiro, começou a fase final da maior reforma monetária da história do planeta, com a circulação das cédulas e moedas do euro – válidas com igual valor em todos os países integrantes da União Monetária Européia.
O fato gerou uma verdadeira corrida aos bancos para a troca do dinheiro velho pelo novo, embora ambos mantenham a sua validade, circulando paralelamente durante pelo menos dois meses. O interesse inusitado dos europeus pela sua nova moeda comum – vista, no início, com um certo ceticismo – acabou criando um neologismo: a "euroforia".
Enquete –
Aproveitando a cronologia do euro, a DW-WORLD lançou uma enquete entre os usuários brasileiros, perguntando a opinião sobre a eventual criação de uma moeda comum também no Mercosul. A enquete estava planejada já há várias semanas, isto é, muito antes do agravamento da crise argentina. Mesmo com a eclosão dos distúrbios na Argentina, decidimos manter nosso propósito de realização da pesquisa.É verdade que a crise platina deve ter tido influência sobre os resultados da enquete. Mas não é menos verdade que ela demonstrou a importância e a atualidade do tema, fazendo com que os participantes refletissem ainda mais intensamente, antes de dar o seu voto.
Os resultados –
Um total de 309 usuários respondeu à pergunta de DW-WORLD: "Você acha que daria certo uma moeda única para o Mercosul?" Deles, 128 (mais de 41%) acreditam que é preciso, antes, consolidar as economias dos países integrantes do Mercosul. Cerca de 26% (80 usuários) acham que ainda estamos muito longe disso. Os grandes pessimistas, para os quais uma moeda comum "jamais funcionaria" no Mercosul, foram 56 (cerca de 18%). O grupo menor foi o dos otimistas, que acreditam que "daria certo": 45 usuários, aproximadamente 15% do total.