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Diminui apoio à guerra na Ucrânia entre os russos

4 de dezembro de 2022

Ministério britânico da Defesa diz que 55% dos russos são a favor de negociações de paz e apenas 25% apoiam a continuação do conflito. EUA avaliam que vantagem ucraniana nos campos de batalha aumentará após o inverno.

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Manifestantes pró-Rússia mostram em primeiro plano bandeira da Rússia em praça pública
"Com baixa probabilidade de a Rússia obter êxitos no campo de batalha, será mais difícil para o Kremlin receber apoio da população à guerra", diz a MInistério da Defesa britânico.Foto: Sachelle Babbar/Zuma/picture alliance

O apoio da população russa à guerra iniciada pelo país na Ucrânia vem "caindo significativamente", informou neste domingo (04/12) o Ministério da Defesa do Reino Unido em seu boletim diário sobre o conflito.

"Com a baixa probabilidade de a Rússia obter maiores êxitos no campo de batalha pelos próximos vários meses, manter um apoio tácito da população à guerra será cada vez mais difícil para o Kremlin", diz a pasta.

O Ministério se baseia em um relatório do veículo independente de mídia russo Meduza, que diz ter obtido acesso a dados coletados para uso interno pelo Serviço Federal de Proteção da Rússia, órgão encarregado da guarda do Kremlin e da segurança das principais autoridades do governo.

"Os dados indicam que 55% dos russos são a favor de negociações de paz com a Ucrânia, sendo que somente 25% defendem a continuação do conflito" disse o órgão. No início da guerra, em torno de 80% dos russos apoiavam o que o Kremlin chamou de "operação especial militar".

O Ministério britânico vem divulgando informações sobre o conflito desde o início da invasão russa, em fevereiro, com o objetivo de se contrapor às informações divulgadas pela Rússia e aumentar o apoio à Ucrânia no Ocidente. Moscou, por sua vez, acusa Londres de promover uma campanha de desinformação.

EUA creem em vantagem ucraniana

A diretora de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Avril Haines, sugeriu que a Ucrânia poderá obter avanços significativos nos combates com as forças invasoras nos próximos meses.

Ela disse ainda que o presidente russo, Vladimir Putin, "está sendo mais bem informado sobre os desafios que os militares russos enfrentam" no próprio país. "Mas, ainda não está claro pra nós que ele tenha uma visão completa a esse respeito, sobre o quão difícil está para eles", disse Haines.

"Sinceramente, nós já vemos algo como um ritmo reduzido no conflito", afirmou. Ele e sua equipe contam que os dois lados devem se reequipar, rearmar e se prepararem para o que deverá ser uma contraofensiva ucraniana após o inverno.

"Temos, porém, sérias dúvidas sobre a capacidade russa de se preparar para isso", observou. "Penso de maneira mais otimista em relação aos ucranianos."

rc (DPA, AP)