CONSELHO DE JUDEUS EXIGE CANCELAMENTO DE PEÇA DE FASSBINDER
26 de setembro de 2009
"Exige" [o cancelamento] soa como se o "dono de uma verdade" determinasse, "apesar de [a peça] já ter sido exibida nos Estados Unidos, Israel, França e outras partes da Europa. Em 1985, a estreia em Frankfurt teve de ser cancelada devido a protestos: membros da sociedade judaica subiram ao palco vestidos de prisioneiros de campos de concentração, impedindo a realização do espetáculo". Parece que a coisa saiu do controle. Se em solo israelense pode, qual o motivo para impedir onde quer que seja? É inaceitável que na Alemanha haja quem queira exigir qualquer coisa sem levar em consideração a opinião da imensa maioria.
Arí Carstens
Agora é que as cortinas deverão permanecer bem abertas. Não é possível acreditar que isto esteja acontecendo em solo alemão. A liberdade de expressão, principalmente na arte, deve ser preservada e respeitada. Os temas abordados, sejam eles no cinema, no teatro, na música ou na literatura, expressam um direito de opinião. Podemos concordar ou discordar, isso é compreensível. Estaremos exercitando nossas percepções e perspectivas sobre as coisas (podendo vê-las, estudá-las ou ouvi-las), para que assim possamos discernir o conteúdo que nos é apresentado. E não, ao contrário, deixar que elas sejam podadas, proibidas por determinado grupo, no caso, o Conselho Central de Judeus. Referências sobre atitudes contraditórias e comportamentos inusitados, exóticos e até lascivos se encontram nas peças de todos os grandes dramaturgos e nos filmes dos grandes cineastas do mundo, de diferentes povos e épocas, inclusive de diversos autores judeus. Está de parabéns o dramaturgo Helmut Schäfer em dar continuidade à peça Der Müll, die Stadt und der Tod (O lixo, a cidade e a morte), que com certeza terá sua estréia no dia 1º de outubro, demonstrando o grande reconhecimento e consideração pelo maior gênio do cinema novo alemão: Fassbinder!
Francisco Waitz
RETORNO DE ZELAYA A HONDURAS GERA CONFLITOS
Eu apoio. O Brasil fez muito certo em apoiar mais um presidente latino-americano que recebeu um golpe de Estado.
Ivan Quitschal
Foi corajoso por parte da embaixada brasileira receber Zelaya em sua sede. Pode ser que um país como o nosso, que já passou por um golpe militar, queira dar apoio maior ao desenvolvimento da democracia. Esperamos que tudo termine sem violência e que o Brasil não saia prejudicado.
Tadeu Castro
A presença do presidente deposto de Honduras na embaixada brasileira em Tegucigalpa é ilegal, dado que Zelaya fere normas internacionais ao usar a embaixada para incitar a população a lutar contra o governo interino, com sérios prejuízos materiais e morais para o Brasil. O Itamaraty também fere o direito internacional, pois somente poderia abrigar Zelaya na embaixada caso concedesse asilo político a ele. Honduras é um país livre e soberano e, em função disso, não tem que ser vassalo de ninguém e nem sofrer intromissões indevidas.
Alessandri Campos
DEBATE SOBRE O CONCEITO DE "BOA GOVERNANÇA"
Atualmente, muitos países denominados democráticos apresentam uma governança muito ruim, com ampla corrupção, péssimos serviços públicos, altíssima tributação, ampla manipulação dos meios de comunicação, comportamento omissivo de governantes diante de graves problemas, além da tentação autoritária de perpetuação no poder, com a utilização de recursos públicos para esse fim. Diante disso, o critério de "boa governança", para ser levado a sério, tem que ser efetivamente cobrado ou adotado pela comunidade internacional.
Renato Wieser
RÚSSIA QUER RENOVAR ARSENAL NUCLEAR APESAR DE NEGOCIAR DESARMAMENTO
A modernização do arsenal nuclear russo, apesar do acordo bilateral com os EUA sobre a redução do mesmo, não é uma contradição e sim uma precaução com melhor eficácia.
Nilton Avelino Boeri
Meus caros, acho que nunca é demais repetir que os grandes impérios precisam parar de fazer gente humilde de saco-de-pancada para fortalecer seus delírios de hegemonia global.
Lyndon C. Storch Jr.