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Comitê de Ética da Fifa recomenda banir Valcke por 9 anos

5 de janeiro de 2016

Ex-braço direito de Blatter pode ser afastado de todas as atividades futebolísticas e ainda pagar multa de 100 mil francos suíços por suposto envolvimento em esquema de venda ilegal de ingressos da Copa de 2014.

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Foto: picture-alliance/Alessandro Della Bella

A câmara de instrução do Comitê de Ética da Fifa recomendou nesta terça-feira (05/01) uma sanção de nove anos de suspensão de todas atividades relacionadas ao futebol e uma multa de 100 mil francos suíços (cerca de 400 mil reais) para o ex-secretário-geral da federação, Jérôme Valcke.

A câmara de instrução recomendou as punições por uma série de violações do código de ética da Fifa, entre elas a "suposta violação das normas gerais de conduta" e "aceitar presentes e outros benefícios".

Valcke foi afastado do cargo de secretário-geral da Fifa em 17 de dezembro de 2015, depois de relatos na imprensa o terem ligado à venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O francês negou as acusações e disse que elas são "fabricadas e revoltantes".

Valcke era o braço direito do presidente Joseph Blatter, que foi banido do futebol pelo Comitê de Ética. O francês ficou famoso por ter dito, durante os preparativos para a Copa de 2014, que os brasileiros precisavam de um chute no traseiro para terminar tudo a tempo.

Ele foi secretário-geral de 2007 a 2015. Antes, havia sido diretor de marketing de 2003 até o final de 2006, quando foi afastado por causa de negociações de patrocínio com a operadora de cartões de crédito Visa, apesar de a concorrente Mastercard ter um direito de preferência por ser parceira de longa data da Fifa.

Em 8 de outubro, a Comitê de Ética da Fifa determinou a suspensão provisória de Valcke. O prazo de 90 dias se encerra nesta terça-feira. Por isso, até que saia a sentença definitiva, a câmara de instrução solicitou que a suspensão provisória seja ampliada para mais 45 dias. A decisão final sobre Valcke caberá ao presidente do Comitê de Ética, Hans-Joachim Eckert, que em dezembro baniu Blatter e o presidente da Uefa, Michel Platini, do futebol por oito anos.

AS/dpa/ap/rtr