Colônia registra ataques contra estrangeiros
11 de janeiro de 2016A cidade de Colônia registrou uma série de agressões contra estrangeiros na noite de domingo (10/01). Dois paquistaneses foram hospitalizados e um sírio teve ferimentos leves. A polícia investiga se os ataques são uma resposta de justiceiros aos crimes cometidos na noite de réveillon na cidade do oeste da Alemanha, quando dezenas de mulheres foram agredidas sexualmente por homens que, segundo policiais e testemunhas, tinham aparência norte-africana e árabe.
De acordo com o tabloide local Express, um grupo composto por membros de clubes de motoqueiros, hooligans e seguranças de casas noturnas teria marcado pelo Facebook uma "caçada" contra estrangeiros no centro de Colônia.
O primeiro incidente ocorreu por volta das 18h40 (horário local). De acordo com a polícia, um grupo de cerca de 20 pessoas atacou seis paquistaneses nos arredores da estação central de Colônia. Cerca de 20 minutos depois, cinco homens agrediram um cidadão sírio de 39 anos na mesma região.
No sábado, a polícia de Colônia dispersou uma passeata de hooligans e extremistas de direita, que protestavam contra as agressões ocorridas no réveillon. As forças de segurança foram atacadas pelos cerca de 1.700 manifestantes com garrafas, fogos de artifício e pedras. A polícia respondeu com canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo e deteve 15 pessoas.
População se sente insegura
De acordo com um levantamento do Instituto Forsa para a rede de televisão RTL, mais da metade dos mil entrevistados (57%) afirmou temer que a criminalidade aumente na Alemanha com a chegada dos refugiados, enquanto 40% não compartilham esta preocupação.
Os acontecimentos do réveillon em Colônia não mudaram a opinião de 60% dos alemães sobre os estrangeiros. Mas 37% dos entrevistados afirmaram ter uma opinião mais crítica sobre os imigrantes após as agressões do Ano Novo.
Conforme a mesma sondagem, 59% das mulheres continuam se sentindo seguras, mesmo depois dos casos de abuso, e 28% até mesmo "muito seguras", enquanto 11% se sentem menos seguras e 3% "nada seguras".
MD/dpa/epd