1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Colômbia e Farc concordam em pedir missão da ONU

19 de janeiro de 2016

Grupo internacional vai supervisionar o processo de cessar-fogo e desarmamento, previsto para começar assim que um acordo de paz for alcançado. Governo e guerrilha dialogam há três anos em Havana.

https://p.dw.com/p/1HgF8
Foto: picture-alliance/dpa/C. Escobar Mora

O governo da Colômbia e o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) declararam nesta terça-feira (19/01), em Havana, que vão solicitar uma missão das Nações Unidas para monitorar e verificar um processo de cessar-fogo e desarmamento que pode levar ao fim do conflito armado mais duradouro da América Latina.

Governo e guerrilha também concordaram em pedir às Nações Unidas que o grupo internacional de monitoramento seja formado por especialistas civis de países-membros da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

A comissão, que iniciará o monitoramento tão logo seja alcançado um acordo de paz, vai trabalhar em conjunto com representantes das Farc e de Bogotá, inicialmente por um período de 12 meses.

"Decidimos solicitar ao Conselho de Segurança da ONU a criação desde já dessa missão política com observadores não armados por um período de 12 meses, prorrogáveis a pedido do governo e das Farc", esclarecem as duas partes em sua declaração, que foi lida em Havana por representantes de Cuba e da Noruega, países fiadores do processo de paz, e na presença dos negociadores do governo e da guerrilha.

As duas partes dialogam há três anos em Havana para terminar com um conflito interno que já deixou mais de 20 mil mortos e milhões de deslocados. Elas prometeram chegar a um acordo até 23 de março.

Desde que se iniciaram as conversações, em novembro de 2012, as partes já conseguiram fechar quatro dos cinco capítulos que compõem a agenda do processo de paz: terras e desenvolvimento rural, participação política; drogas e narcotráfico; e reparação, verdade e justiça para as vítimas do conflito.

AS/efe/dpa/ap/rtr