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Colômbia e Farc marcam data para assinar acordo de paz

3 de setembro de 2016

Presidente colombiano descarta Nova York e Havana e escolhe Cartagena como local para assinatura do acordo histórico, que põe fim a um conflito que durou mais de cinco décadas e deixou 220 mil mortos.

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Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos
Presidente da Colômbia, Juan Manuel SantosFoto: picture-alliance/Xinhua/Colprensa

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta sexta-feira (02/09) que o acordo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) será assinado em 26 de setembro, na cidade de Cartagena.

"A paz será assinada no próximo dia 26 de setembro aqui em Cartagena", declarou Santos em um discurso no encerramento do 53º Congresso Anual da Confederação Colombiana de Câmaras de Comércio.

Santos afirmou que este é o anúncio "mais importante" que fez em sua vida e destacou o fato de que a data escolhida, 26 de setembro, é o dia de São Pedro Claver, "um grande defensor dos direitos humanos".

São Pedro Claver (1581-1654) foi um missionário e sacerdote jesuíta espanhol que dedicou sua vida à defesa dos escravos em Catargena, principal porto negreiro da América na época em que o país foi colônia da Espanha. E, por isso, ele é conhecido como "apóstolo dos escravos".

Com a escolha de Cartagena, Santos descartou Nova York e Havana como possíveis sedes do ato que selará finalmente o acordo de paz com o líder das Farc, Rodrigo "Timochenko" Londoño.

Por sua vez, Timochenko declarou que a conferência para aprovar a dissolução como grupo armado e conversão em um movimento político legal será realizada de 17 a 23 de setembro.

"De 17 a 24 de setembro vamos realizar a décima conferência, encerrando assim o ciclo de discussões da base guerrilheira", disse Londoño no Twitter. horas depois de um porta-voz da guerrilha anunciar a suspensão da conferência que, em princípio, havia sido programada para entre 13 a 19 de setembro.

Em mais de 50 anos, o conflito na Colômbia, o mais longo das Américas, provocou a morte de 220 mil pessoas e deixou mais de 6 milhões de deslocados internos.

FC/efe/lusa