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Berlim exige investigar mortes em entrega de ajuda em Gaza

2 de março de 2024

Ministra do Exterior declara que Exército israelense precisa esclarecer acontecimentos que resultaram nas mortes de civis durante chegada de um comboio de ajuda alimentar na Faixa de Gaza.

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Pessoas que ficaram feridas no incidente são atendidas em hospital de Gaza
Feridos são atendidos em hospital da Cidade de GazaFoto: Mahmoud Essa/AP/picture alliance

A ministra do Exterior da Alemanha, Annalena Baerbock, exigiu nesta sexta-feira (01/03) que faça Israel uma investigação completa sobre as mortes de dezenas de habitantes da Cidade de Gaza durante a chegada de um comboio de ajuda alimentar.

"O Exército israelense precisa esclarecer integralmente como se deram o pânico em massa e os disparos", declarou Baerbock. Ela também defendeu mais entregas de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e um cessar-fogo. A população do território palestino está "mais perto de morrer do que de viver. Mais ajuda humanitária deve chegar. Imediatamente."

Ela considera um cessar-fogo humanitário necessário para que os reféns israelenses sejam libertados, para que "não morra ainda mais gente em Gaza" e que "ajuda possa ser distribuída com segurança".

Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, o caso requer uma investigação independente. O governo da França externou a mesma posição.

Versões conflitantes do incidente

A morte de mais de 100 pessoas durante uma entrega de ajuda humanitária na Cidade de Gaza causou consternação internacional e vários pedidos para que as circunstâncias do caso sejam esclarecidas.

O incidente ocorreu no início da manhã de quinta-feira, quando centenas atacaram um comboio de ajuda humanitária que se deslocava por uma estrada costeira, escoltado pelo Exército israelense.

Os relatos do que aconteceu divergem. O grupo fundamentalista islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, acusou Israel de disparar contra civis, mas Israel afirmou que a maioria das mortes aconteceu numa debandada depois que soldados israelenses dispararam tiros de advertência.

as/av (AFP, Reuters, AP, Lusa)