Atentado no Marrocos
29 de abril de 2011O atentado num café para turistas em Marrakech, ocorrido nesta quinta-feira (28/04) e que deixou ao menos 16 mortos, foi duramente condenado por diversos países e pelas Nações Unidas. O Conselho de Segurança da ONU expressou sua solidariedade às vítimas.
Segundo um comunicado, o Conselho de Segurança "condenou nos termos mais fortes o ataque terrorista" cometido na cidade turística marroquina. As 15 nações que compõem o conselho, entre elas o Brasil, reafirmaram que "o terrorismo sob todas as suas formas e manifestações constitui uma das mais graves ameaças à paz e à segurança internacional".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou-se "horrorizado" com o atentado e reiterou que "nenhum objetivo político justifica, nem é alcançado, por tais atos odiosos", indicou o seu porta-voz, Martin Nesirky.
O governo brasileiro também expressou solidariedade às vítimas. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores "reitera seu repúdio a todas as formas de terrorismo, praticado sob qualquer pretexto."
Na Alemanha, o ministro do Exterior, Guido Westerwelle, qualificou o atentado de um ato cínico e abominável, que o país condena da forma mais extrema. Ele também disse que o atentado não deve tirar o Marrocos do caminho das reformas.
Estados Unidos, Reino Unido e França expressaram-se de forma semelhante. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, qualificaram o ataque de covarde.
Pior ataque desde 2003
Uma fonte judicial francesa revelou que a Promotoria Pública de Paris abriu uma investigação preliminar sobre o atentado, no qual morreram seis franceses. Segundo o ministro da Comunicação marroquino, Khalid Naciri, o ataque foi um ato terrorista.
"Trata-se de um ato terrorista, um ato criminoso deliberado. O Marrocos está confrontado com as mesmas ameaças registadas em maio de 2003 e vai enfrentá-las com vigilância e voluntarismo", assegurou Naciri.
O atentado foi perpetrado ao meio-dia desta quinta-feira no café Argana, no centro da cidade turística de Marrakech, na célebre praça de Jamaa el-Fna. Segundo a agência estatal MAP, 16 pessoas morreram e ao menos 21 ficaram feridas. Trata-se do atentado mais mortífero no reino no norte de África desde os ataques islamitas de 2003 em Casablanca, que causaram a morte de 45 pessoas, entre elas 12 homens-bomba.
AS/lusa/ap
Revisão: Rodrigo Rimon