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As promessas de Merkel para as eleições

3 de julho de 2017

Emprego pleno até 2025, benefícios sociais para famílias e lei para trabalhadores estrangeiros: em busca de mais um mandato, partido da atual chanceler federal alemã apresenta programa eleitoral.

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Angela Merkel apresenta programa eleitoral
"Por uma Alemanha em que vivamos bem e com prazer", diz frase do programa eleitoral mostrada no palanque de MerkelFoto: Getty Images/AFP/O. Andersen

Ao apresentarem seu programa eleitoral nesta segunda-feira (03/07), o partido União Democrata Cristã (CDU), da chanceler federal alemã, Angela Merkel, e sua legenda-irmã, União Social Cristã (CSU), prometeram maior apoio a famílias, mais policiais, mais moradias e emprego pleno dentro de oito anos.

Após divergências entre Merkel e Horst Seehofer, líder da CSU, as legendas chegaram a um acordo sobre o programa para as eleições de setembro deste ano, nas quais a chanceler federal alemã busca um quarto mandato.

Leia mais: As diferenças entre CDU e CSU

De acordo com o programa de 67 páginas – intitulado Prosperidade e segurança para todos  –, as famílias deverão ter um aumento de 25 euros por filho e por mês no chamado Kindergeld (benefício social pago a quem tem filhos).

Além da ajuda financeira, deve ser criado o Baukindergeld, benefício que prevê que famílias que comprarem um imóvel receberão do Estado um valor adicional de 1.200 euros por filho e por ano durante um período de dez anos.

Os partidos afirmaram que 1,5 milhão de novas moradias devem ser construídas nos próximos quatro anos – o que deve ser alcançado em parte por meio de deduções fiscais.

Angela Merkel e Horst Seehofer
Merkel e Seehofer apresentaram programa eleitoral de 67 páginasFoto: Getty Images/AFP/O. Andersen

Emprego, impostos, segurança

Para melhorar a segurança, 15 mil novos postos de trabalho devem ser abertos nas forças policiais.

Outro ponto-chave do programa eleitoral é o emprego pleno – definido por ambas as legendas como uma taxa de desemprego de no máximo 3% – até 2025. O índice de desemprego da Alemanha é hoje de 5,5%, e uma taxa na casa dos 3% não é registrada desde o chamado milagre econômico, de meados da década de 1970.

Leia a cobertura completa sobre a eleição na Alemanha em 2017

"Acreditamos que podemos alcançar o objetivo", declarou Merkel ao lado de Seehofer, em Berlim. "Nenhum posto de trabalho deve ficar desocupado", acrescentou a chanceler federal.

Nesse sentido, CDU e CSU anunciaram uma nova lei migratória para trabalhadores. Uma legislação do tipo incentivaria a imigração legal, disse Merkel, afirmando, no entanto, que não deve haver um sistema de pontos como o adotado no Canadá para trabalhadores estrangeiros

Com a quarta maior economia da Europa mantendo um crescimento econômico robusto, a CDU e a CSU também prometeram mais investimentos e garantiram que não vão aumentar impostos. O imposto de renda deve ser aliviado.

A questão dos refugiados continua sendo motivo de divergência entre Merkel e Seehofer. A chanceler federal reiterou que o teto anual de 200 mil refugiados a serem acolhidos pela Alemanha, exigido por Seehofer, está fora de cogitação. Ela enfatizou, no entanto, que CDU e CSU concordam que a crise migratória de 2015 – quando o país recebeu quase um milhão de refugiados – não deve se repetir.

Pesquisas apontam que a União CDU/CSU detém cerca de 40% das intenções de voto, 16 pontos percentuais à frente do atual parceiro de coalizão Partido Social-Democrata (SPD), do principal rival de Merkel, Martin Schulz.

LPF/dpa/rtr/afp/epd