Afeganistão
5 de setembro de 2007Anúncio
O governo alemão apresentou, nesta quarta-feira (05/09), a sua nova estratégia para o Afeganistão, que prevê um maior engajamento alemão na região, onde o país pretende investir ainda mais em trabalhos civis.
Em 2008, Berlim pretende aumentar de 100 milhões para 125 milhões de euros a ajuda civil para o Afeganistão. Na próxima semana, a chanceler federal Angela Merkel informará os chefes das bancadas dos diversos partidos sobre a nova política para a região.
Em entrevista à televisão alemã, Franz Josef Jung, ministro alemão da Defesa, descartou o deslocamento de tropas alemãs do relativamente seguro norte afegão para o turbulento sul do país. Em outubro próximo, o Parlamento alemão decidirá sobre a prorrogação da presença das tropas alemãs no Afeganistão.
Retirada das tropas
Segundo a proposta alemã, a formação de instituições estatais e o combate ao narcotráfico deverão ser intensificados. A Alemanha deverá ainda desempenhar o papel principal na formação de professores. Frank-Walter Steinmeier, ministro alemão das Relações Exteriores, salientou que os afegãos precisam do apoio internacional para que, futuramente, tornem-se responsáveis por sua segurança. "Isto não é possível sem ajuda militar", afirmou Steinmeier.
O ministro disse ainda que o governo alemão pretende reforçar a ajuda para a formação de militares e policiais afegãos. Para o governo de Berlim, a constituição de órgãos de segurança é condição fundamental para a retirada das tropas. Quanto à presença militar alemã na região, o documento apresentado nesta quarta-feira não é objetivo.
Merkel e Steinemeier
Entrou-se em acordo, no entanto, quanto à junção dos mandatos das Forças Armadas Alemãs (Bundeswehr) e a mobilização de aviões Tornados no Afeganistão. O número máximo de soldados alemães que podem ser enviados ao país continua em 3,5 mil. Quanto à participação alemã na tropa de combate ao terrorismo OEF (Operation Enduring Freedom), o governo só se pronunciará após a aprovação de dois de três mandatos do Afeganistão, em 19 de setembro próximo.
Thomas Steg, porta-voz do governo, enfatizou que o ponto principal do engajamento alemão estaria, claramente, na reconstrução civil. Neste contexto, Steinmeier anunciou uma "ofensiva civil" para o Afeganistão. Para o ministro, a ajudar militar é necessária, mas não é capaz de combater o terrorismo, a criminalidade e a corrupção de forma duradoura.
Em entrevista, Merkel reafirmou a importância da atuação da Bundeswehr na Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf). A atuação das Forças Armadas deverá durar ainda muitos anos, afirmou Merkel, lembrando que os atentados de 11 de Setembro de 2001 aconteceram quando havia falta de estruturas estatais no Afeganistão. (ca)
Em 2008, Berlim pretende aumentar de 100 milhões para 125 milhões de euros a ajuda civil para o Afeganistão. Na próxima semana, a chanceler federal Angela Merkel informará os chefes das bancadas dos diversos partidos sobre a nova política para a região.
Em entrevista à televisão alemã, Franz Josef Jung, ministro alemão da Defesa, descartou o deslocamento de tropas alemãs do relativamente seguro norte afegão para o turbulento sul do país. Em outubro próximo, o Parlamento alemão decidirá sobre a prorrogação da presença das tropas alemãs no Afeganistão.
Retirada das tropas
Segundo a proposta alemã, a formação de instituições estatais e o combate ao narcotráfico deverão ser intensificados. A Alemanha deverá ainda desempenhar o papel principal na formação de professores. Frank-Walter Steinmeier, ministro alemão das Relações Exteriores, salientou que os afegãos precisam do apoio internacional para que, futuramente, tornem-se responsáveis por sua segurança. "Isto não é possível sem ajuda militar", afirmou Steinmeier.
O ministro disse ainda que o governo alemão pretende reforçar a ajuda para a formação de militares e policiais afegãos. Para o governo de Berlim, a constituição de órgãos de segurança é condição fundamental para a retirada das tropas. Quanto à presença militar alemã na região, o documento apresentado nesta quarta-feira não é objetivo.
Merkel e Steinemeier
Entrou-se em acordo, no entanto, quanto à junção dos mandatos das Forças Armadas Alemãs (Bundeswehr) e a mobilização de aviões Tornados no Afeganistão. O número máximo de soldados alemães que podem ser enviados ao país continua em 3,5 mil. Quanto à participação alemã na tropa de combate ao terrorismo OEF (Operation Enduring Freedom), o governo só se pronunciará após a aprovação de dois de três mandatos do Afeganistão, em 19 de setembro próximo.
Thomas Steg, porta-voz do governo, enfatizou que o ponto principal do engajamento alemão estaria, claramente, na reconstrução civil. Neste contexto, Steinmeier anunciou uma "ofensiva civil" para o Afeganistão. Para o ministro, a ajudar militar é necessária, mas não é capaz de combater o terrorismo, a criminalidade e a corrupção de forma duradoura.
Em entrevista, Merkel reafirmou a importância da atuação da Bundeswehr na Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf). A atuação das Forças Armadas deverá durar ainda muitos anos, afirmou Merkel, lembrando que os atentados de 11 de Setembro de 2001 aconteceram quando havia falta de estruturas estatais no Afeganistão. (ca)
Anúncio