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Alemanha oferece 100 mil euros por suspeito de atentado

21 de dezembro de 2016

Autoridades anunciam recompensa em troca de informações que ajudem a localizar Anis Amri. Procuradoria Federal confirma que tunisiano foi vigiado por seis meses em Berlim, por suspeita de planejar um ataque terrorista.

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polícia em Berlim
Foto: DW/E. Yorck Von Wartenburg

A Procuradoria Federal da Alemanha ofereceu nesta quarta-feira (21/12) 100 mil euros de recompensa por informações que levem à captura de Anis Amri, suspeito de ser o autor do atentado a um mercado de Natal em Berlim, que deixou 12 mortos e 48 feridos.

Além de pedir ajuda à população para localizar o tunisiano, de 24 anos, as autoridades ressaltaram que Anis Amri pode ser violento e estar armado. Desde a meia-noite de terça-feira, ele está sendo procurando na Alemanha e nos países europeus que integram o espaço Schengen.

As investigações alcançaram também o país natal do suspeito. A polícia antiterrorista da Tunísia interrogou nesta quarta-feira a família de Anis Amri. "Uma unidade da divisão antiterrorista questionou a família do suspeito", disse uma autoridade de segurança, sob condição de anonimato.

O pai de Anis Amri contou que o jovem deixou o país há sete anos como imigrante ilegal e passou quatro anos preso na Itália. Há cerca de um ano, o suspeito teria ido para a Alemanha.

Leia mais: Quem é o suspeito pelo atentado de Berlim?

A Procuradoria confirmou ainda que a Justiça berlinense autorizou a observação do suspeito entre março e setembro deste ano. A investigação partiu de informações de que Anis Amri estaria planejando um roubo para conseguir dinheiro para comprar armas.

Anis A. foi preso na Itália, segundo seu pai
Anis A. foi preso na Itália, segundo seu paiFoto: picture-alliance/dpa/Bundeskriminalamt

De acordo com a Procuradoria, depois do roubo, o suspeito possivelmente iria atrás de cúmplices para realizar um ataque terrorista. As autoridades disseram, porém, que durante a investigação essa suspeita não se confirmou.

Segundo o jornal alemão Die Welt, a observação revelou que Anis Amri estava comercializando drogas num parque de Berlim. Ele teria também se envolvido numa briga em um bar.

Documento no local do atentado

Os investigadores chegaram ao nome de Anis Amri após encontrar um documento dele na cabine do caminhão usado no atentado. Segundo a emissora de televisão RBB, a identidade do suspeito estava dentro de uma carteira no chão da cabine.

A emissora afirmou que a polícia ainda não sabe por que o documento foi deixado no veículo. Especula-se que o suspeito teria perdido a carteira na briga com o motorista polonês, morto após o caminhão ser sequestrado, ou que a identidade foi deixada no local de propósito.

A polícia concentrou as buscas nesta quarta-feira em hospitais de Berlim e Brandemburgo, pois como Anis Amri teria lutado com o motorista do caminhão antes de conseguir assumir o controle do veículo, acredita-se que ele estava ferido quando fugiu do local do atentado.

Anis Amri entrou na Alemanha em julho de 2015 e, em abril de 2016, pediu refúgio. O pedido foi negado e ele deveria ter sido deportado. A ação não foi possível porque o suspeito não tinha documentos de identidade consigo que provassem que ele era tunisiano, e a Tunísia inicialmente questionou que ele fosse.

CN/afp/ots