A casa da natureza no Eifel
19 de janeiro de 2004A criação de uma reserva natural deste tamanho no Estado mais populoso da Alemanha só foi possível graças à retirada das tropas belgas que ocupavam desde os anos 50 a região entre a cidade de Nideggen e a fronteira alemã com seu país. Em seus 110 quilômetros quadrados, o 14º parque nacional alemão tem formações rochosas, vales cavados por riachos, fontes hidrominerais e parte da represa Rurstausee, além de trilhas para caminhadas.
Inaugurado no dia 11, o Parque Nacional do Eifel tem 80% de sua área coberta por floresta. Mais da metade dela é formada por faias, árvores típicas desta região de solo pobre em nutrientes. Elas já foram mais, porém durante séculos as faias foram derrubadas para servir como combustível em siderúrgicas.
Como a transformação da área em reserva natural significa que a partir de agora ela ficará entregue à natureza, sem intervenção do homem, a expectativa é de que as faias reconquistem o terreno perdido para as outras espécies de árvores. Os abetos vermelhos, um tipo de pinheiro, também estão bem representados na floresta.
O governo estadual espera que a implantação do Nationalpark Eifel também beneficie a fauna da região. Entre os animais típicos, estão o gato montês, a cegonha negra e o passarinho guarda-rios, um dos símbolos do parque. Ao todo, a reserva é habitat de 239 espécies animais e vegetais oficialmente protegidas.
O restante do território do parque ainda continua em poder do Exército belga, que o utiliza como campo de treinamento. A retirada do último contingente está programada, entretanto, para o fim de 2005. O destino da caserna Ordensburg Vogelsang ainda é incerto, devido a seu passado ligado ao nazismo. As autoridades temem que se transforme em ponto de romaria de extremistas de direita e discutem como evitar isto. Uma das idéias aventadas é instalar na caserna a exposição sobre os crimes do Exército nazista.