1983: Reeleição de Margaret Thatcher
Em 1979, aproveitando uma vantagem de 43 cadeiras no Parlamento sobre o Partido Trabalhista, o Partido Conservador do Reino Unido elegeu Margaret Hilda Thatcher para o cargo de primeira-ministra. Ela foi a primeira mulher a ocupar a chefia de governo em Londres, marcando o começo de uma nova era, que entrou para a história como "thatcherismo".
Quatro anos mais tarde, no dia em que foi reeleita, em 9 de junho de 1983, os britânicos enfrentavam vários problemas. A Câmara Alemã de Comércio em Londres havia divulgado o seguinte boletim, um mês antes da votação:
"O salário líquido médio de um trabalhador diminuiu 4% em relação a 1979, enquanto o custo de vida aumentou 3%. O número de desempregados supera os 3 milhões." Beneficiadas pela "revolução thatcheriana" – como alguns definiam as ações do seu governo – foram as classes média e alta.
Salva pelas Malvinas
A filosofia da "Dama de Ferro" era desmembrar as competências do Estado. Em vez de intervenção estatal, corporativismo e bem-estar social, deveriam prevalecer a economia de mercado, a iniciativa privada, assim como a livre iniciativa e responsabilidade própria.
Muitos britânicos consideravam Thatcher uma das personagens mais insensíveis da história da Inglaterra. Sua trajetória política estava seriamente ameaçada em 1982, quando gozava da simpatia de apenas 25% da população. Graças à invasão fracassada da Argentina nas Ilhas Malvinas, seu prestígio cresceu no Reino Unido, a ponto de ela passar a ser considerada "heroína da nação".
A reconquista das Falklands, nome britânico das ilhas, a salvou da derrota praticamente certa nas urnas. Com uma folga de 188 mandatos sobre a oposição trabalhista, os conservadores a reelegeram à chefia de governo em 9 de junho de 1983.
Seu terceiro e último mandato começou em 1987. Em junho de 1990, no entanto, as críticas tanto da sociedade como do próprio partido eram tamanhas, que Thatcher renunciou, dando então lugar a John Major.