VIH/Sida: Moçambique tem de combater estigma
1 de junho de 2021"Tal realidade remete-nos para um desafio contínuo e permanente de enveredarmos por uma ação mais interventiva", visando "a redução do número de novas infeções", referiu o governante, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Armindo Tiago falava na segunda-feira (31.05), em Maputo, durante o lançamento da segunda edição do Estudo de Estigma em Moçambique, que analisa os preconceitos relacionados com a doença e a forma como dificultam o tratamento.
Segundo estatísticas do Ministério da Saúde (MISAU), Moçambique regista uma média diária de 364 novas infeções por VIH/Sida, colocando o país entre os mais afetados, logo depois da África do Sul, Nigéria e Rússia.
Há cerca de dois milhões de pessoas que vivem com VIH/Sida em Moçambique e cerca de metade não tem acesso ao tratamento.
Receio de discriminação
O receio de discriminação pelo resto da sociedade é um dos fatores que dificulta a retenção e adesão de pessoas infetadas aos cuidados e tratamento antirretroviral - um dos requisitos para fazer baixar o número de novas infeções.
A segunda edição do Estudo de Estigma em Moçambique "enquadra-se nos esforços do Governo para a implementação e adequação de estratégias com o objetivo de reduzir o estigma e discriminação".
"Este estudo é um forte exemplo do poder da parceria para avançar de forma decisiva os nossos esforços rumo à eliminação do estigma e discriminação que limita o acesso aos serviços de saúde especificamente o acesso ao tratamento antirretroviral", explicou a diretora da agência ONUsida em Moçambique, Eva Kiwango.
O estudo vai decorrer até final do ano em seis províncias: Maputo, Gaza, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Sofala.