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“Temos que tirar o MPLA” diz “Movimento Revolucionário”

7 de fevereiro de 2017

Mesmo que José Eduardo dos Santos se afaste do poder em Angola, os "Revús" prometem continuar a lutar contra o regime. Os últimos anos de governação de JES foram marcados por onda de contestações públicas.

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Angola Aktivisten
Foto: DW/P. B. Ndomba

Desde março de 2011 que a governação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, há 37 anos no poder, é marcada por uma onda de manifestações inspiradas na "primavera árabe". Os protestos, entretanto reprimidos pela policia angolana, visavam a destituição do Chefe do Estado Angolano. O que contribui para o desgaste da sua imagem no contexto internacional. 

Depois de tantos protestos, Eduardo dos Santos mostra que quer deixar o Palácio Presidencial pelo próprio pé.

Será que o "Movimento Revolucionário” de Angola vai continuar a sua luta contra o regime após a saída de José Eduardo dos Santos?"

Governo de transição com pessoas sérias

O ativista Nito Alves, processado criminalmente em 2013 por calúnia e difamação contra o Presidente da República, responde:"Tirar o MPLA por completo e criar um Governo de transição com pessoas sérias”.Um outro ativista do chamado processo 15+2, Arante Kivuvu, garante que a luta é para continuar.

Nito Alves Aktivist in Angola
Nito AlvesFoto: Privat

"A nossa luta não era só focada na pessoa de Eduardo dos Santos, a nossa luta foi sempre contra o MPLA, porque o MPLA é que está há mais de 40 anos no poder, gastou tudo que podia nos oferecer. Acho que a nossa luta não pára”.

Questionado sobre se o "Movimento Revolucionário” angolano teria capacidade de derrubar o Movimento Popular de Libertação de Angola, Nito Alves é perentório:"Dure o tempo que durar, tarde ou cedo vai deixar mesmo o poder”.

Prozess gegen Aktivisten in Angola
Julgamento dos ativistas angolanos (2015)Foto: Reuters/H. Corarado

Processo eleitoral pouco transparente

A transparência do processo eleitoral em curso em Angola está ser colocada em causa. O tom de dúvidas sobre eleições justas acentuou-se ainda mais com a indicação de Bornito de Sousa, ministro angolano da Administração do Território, como candidato à vice-presidente da República na lista do MPLA. O seu ministério é responsável pelo registo eleitoral, iniciado em agosto de 2016.

Além da oposição angolana, também os "Revús” querem ver o governante fora do ministério. Bornito de Sousa já disse que "não há incompatibilidades legais e constitucionais” com a sua indicação.Mas os ativistas têm um entendimento diferente, sublinha Arante Kivuvu.

07.02.2017 'Révus' - Luta continua - MP3-Mono

"Nós pretendemos realizar uma manifestação que visa demitir Bornito de Sousa do cargo de ministro da Administração do Território”.

Os ativistas convocaram uma manifestação, para dia 24 de fevereiro, nas cidades de Luanda e Benguela. Exigem a saída de Bronito de Sousa do Ministério da Administração do Território.

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