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PRS afirma que assinou acordo em nome da "estabilidade"

Lusa
27 de julho de 2023

Líder do Partido de Renovação Social da Guiné-Bissau, Fernando Dias, afirmou que o partido decidiu assinar acordo de incidência parlamentar e governativa "em nome da estabilidade".

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Sede do PRS em Bissau
Foto: DW/B. Darame

"Nós do PRS decidimos assinar este acordo em nome da estabilidade da Guiné-Bissau, em nome de combate à fome que assola o país neste momento e em nome de seguir a orientação que o povo da Guiné-Bissau deu em relação à coligação PAI - Terra Ranka", afirmou Fernando Dias, no final da assinatura do acordona quarta-feira (26.07).

A Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, coordenada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que venceu com maioria as legislativas de 04 de junho, assinou com o PRS um acordo de incidência parlamentar e governativa.

"Nós no PRS não podíamos ter outra posição, a não ser seguir a orientação do povo da Guiné-Bissau. Por isso, estamos aqui disponíveis para dar toda a nossa atenção e contribuição em relação àquilo que é necessário para o povo da Guiné-Bissau e para o bem-estar do nosso país", disse Fernando Dias.

O líder do Partido de Renovação Social (PRS) comprometeu-se também a seguir "com a maior atenção, com a maior lealdade e rigor" o acordo para que se atinja o objetivo da sua assinatura.

"Espero que o povo da Guiné-Bissau volte a ter confiança em nós, porque esta é a nova maneira de abordar a política. Hoje é diferente do tempo passado. É normal que se tenham cometido alguns erros no passado, mas a tendência é para evoluir", disse Fernando Dias, manifestando disponibilidade para "caminhar juntos" com a PAI - Terra Ranka "rumo ao desenvolvimento".

Momento especial

Antes, o líder da PAI - Terra Ranka e presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, afirmou que a Guiné-Bissau está a "testemunhar um momento especial".

"O momento em que líderes políticos, cada um interpretado aquilo que foram os sinais muito claros das prioridades que o povo guineense pretende ver nos próximos anos na feitura da política nacional, fazem jus a essa expectativa, a essa esperança de, de facto, nos concentrarmos no essencial", afirmou Domingos Simões Pereira.

Segundo o coordenador da PAI - Terra Ranka é "chegado o momento de fazer as reformas necessárias, de colocar de lado as ambições pessoais e particulares e priorizar aquilo" que os une.

Domingos Simões Pereira disse também que hoje não se estão a celebrar vitórias, mas a comprometerem-se com o "futuro".

"Esperamos que esse futuro seja a pensar no povo guineense e dia-a-dia a melhorar a sua condição de vida", salientou.

Enquanto estavam reunidos na unidade hoteleira, em Bissau, onde foi assinado o acordo, apareceu o líder do Partidos dos Trabalhadores Guineense, Botche Candé, que obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.

Questionado sobre se o Partido dos Trabalhadores Guineense também irá fazer parte do acordo de incidência parlamentar e governativa, Domingos Simões Pereira recordou que a coligação vencedora das eleições enviou cartas a todos os partidos com assento parlamentar para dialogar.

"Alguns desses contactos estão a resultar em acordos concretos, outros, eventualmente poderão lá não chegar. Só diremos alguma coisa se resultar", afirmou Domingos Simões Pereira.

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